Para PPS, prisão de Vaccari pode levar à extinção do PT
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), afirmou em nota nesta quarta-feira que a prisão do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, "desmantela totalmente" o discurso do partido de que todas as doações recebidas para campanhas eleitorais foram legais e registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bueno diz que, se comprovado o repasse de recursos de empresas estrangeiras pelo PT, conforme dito pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco em delação premiada, o partido pode ser extinto porque o financiamento externo é vedado pela Lei Orgânica dos Partidos Políticos e a penalidade pela inobservância da proibição é o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido.
Barusco afirmou que o PT teria recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propinas de empresas como a holandesa SBM Offshore e a Keppel Fels, de Cingapura. O depoimento, diz o líder do PPS, seria reforçado por uma gravação entregue pelo ex-diretor da SBM Offshore Jonathan Taylor à Controladoria-Geral da União (CGU), sugerindo que a empresa holandesa pagou propina para assinar contratos com a Petrobras.
"Caiu por terra o argumento que o PT continuava mantendo e que foi apresentado até a semana passada durante o depoimento de Vaccari na CPI da Petrobras. A prisão do tesoureiro desmantela essa versão. Representa o PT na cadeia. Prisão preventiva é assunto sério e sinaliza que solto ele poderia atrapalhar as investigações e apagar os rastros da roubalheira comandada pelo PT não só na Petrobras, mas em outros setores do governo", afirmou Bueno.
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