Eleição em Buenos Aires testa fôlego de kirchneristas
Tradicionalmente refratárias ao kirchnerismo, a cidade de Buenos Aires e a província de Córdoba, na Argentina, elegerão seus governantes neste domingo.
A expectativa é que as urnas mantenham a oposição à frente dos dois mais importantes colégios eleitorais do país, dando fôlego a políticos que tentam vencer o partido de Cristina Kirchner na eleição presidencial de outubro.
Em Buenos Aires, o favorito é Horácio Rodríguez Larreta, do PRO de Maurício Macri (atual chefe de governo da cidade e principal candidato opositor à Presidência).
A oposição se divide na capital, onde há chance de segundo turno entre Larreta e o ex-ministro Martín Lousteau, da coalizão entre a União Cívica Radical e socialistas na cidade. Na disputa nacional, os dois partidos são aliados na frente Cambiemos.
Nos bastidores, a divisão causa estranheza, já que, na campanha, Lousteau criticou a gestão do PRO na cidade.
Analistas argentinos afirmam que um segundo turno poderia debilitar a imagem de Macri na disputa nacional.
"O eleitorado custa a entender por que haveria uma lógica na competição nacional e outra na local", afirma Marcelo Leiras, da Universidade de San Andres.
Presidente da União Cívica Radical e rival de Macri nas primárias da oposição, Ernesto Sanz diz que essa perda de Macri "é relativa". "Se Lousteau vence, isso afeta Macri. Mas ainda assim é um voto para nós, da frente Cambiemos", disse, em encontro com jornalistas dia 1º.
Pró-Cristina
Em terceiro nas pesquisas de intenção de voto está o candidato de Cristina, Mariano Recalde, que recebeu o empurrão da presidente nos últimos dias de campanha.
Na quinta, os dois foram a uma escola em Buenos Aires e criticaram a gestão de Macri na educação. O atual chefe de governo da cidade também defendeu o protegido, dando cor nacional à disputa.
Leiras diz que a fragilidade do kirchnerismo na capital é esperada. "Vão perder em Buenos Aires, mas seguirão competitivos na eleição presidencial", afirma.
Em Córdoba, segundo maior colégio eleitoral do país, o favorito é Juan Schiaretti, aliado do atual governador (e candidato à presidência), José Manuel de la Sota. Embora peronistas, como Cristina, os dois se opõem ao kirchnerismo, que é uma facção radical do peronismo.
Terra natal do ex-presidente Carlos Menem e há 30 anos sob peronistas, La Rioja também vota no domingo. A oposição vê chances de vencer.
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