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Alívio com Grécia e China estimula alta na Bovespa e queda do dólar

13/07/2015 09h20

Os mercados encerram uma semana volátil e turbulenta de maneira bem mais calma. Notícias vindas da Grécia e da China deixam a bolsa em alta, juros e dólar em queda.


O governo grego apresentou a nova proposta de reforma econômica e orçamentária, que foi avaliada como mais próxima daquilo que os credores pretendem, aumentando as esperanças dos investidores de que o país possa obter um novo programa de ajuda financeira e permanecer, assim, na zona do euro.

Na China, após a forte desvalorização das ações nesta semana, as bolsas subiram. Autoridades chinesas anunciaram medidas para controlar as vendas a descoberto de ações, limitar a venda de papéis e permitir que seguradoras invistam em ações blue chips. O governo da China reforçou hoje que vai continuar afinar suas políticas econômicas para estimular o crescimento e estabilizar os mercados financeiros.

Bolsa

O Ibovespa tem um dia positivo, refletindo não apenas os ganhos de hoje nos mercados internacionais, mas os de ontem, quando os negócios por aqui ficaram fechados, em função do feriado paulista de 9 de julho. A alta do índice era de 1,69% às 13h14, para 52.659 pontos.

"O mercado está mais otimista hoje, mais propenso a comprar ativos de risco, com expectativas melhores para a Grécia e para a China, o que tira um peso de contágio de sua economia", disse o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.

Petrobras PN ganha 2,86% e a ON avança 3,08%. As ações sobem seguindo o avanço do petróleo e a decisão da Justiça dos Estados Unidos sobre ação coletiva movida naquele país contra a empresa.

A companhia confirmou hoje que o juiz responsável por ação coletiva nos Estados Unidos ("class action") acolheu, em decisão divulgada ontem, parcialmente os argumentos apresentados pela petroleira.

Câmbio

O dólar operava em queda frente ao real, acompanhando o movimento no exterior, sustentado pela expectativa de acordo em relação à dívida da Grécia e recuperação da bolsa da China. Às 13h14, o dólar comercial caía 0,97% cotado a R$ 3,1829.

O movimento de queda do dólar no mercado local era mais forte que no exterior, com os investidores buscando ajustar as posições após o feriado da Revolução Constitucionalista de 9 de julho. A moeda americana caía 0,38% em relação ao dólar australiano, 0,36% diante do rand sul-africano e 0,41% frente à lira turca.

Juros

O alívio na aversão a risco no exterior e queda do dólar frente ao real abrem espaço para a continuidade da correção dos prêmios de risco na curva de juros no mercado local, diante da crescente expectativa de que o ciclo de aperto monetário esteja próximo do fim.

O DI para janeiro de 2016 caía para 14,04% ante 14,06% do ajuste anterior, enquanto o DI para janeiro de 2017 recuava para 13,61% ante 13,66% do ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2021 operava em queda a 12,63% ante 12,67% do ajuste anterior

A preocupação com o ajuste fiscal, contudo, segue no radar. Ontem o Senado aprovou a medida provisória que equipara os critérios de reajuste do salário mínimo à aposentadoria, uma mudança que pode ter um impacto de R$ 3,8 bilhões nos cofres da Previdência até 2018. Na Rússia, a presidente Dilma Rousseff reforçou que deve vetar a medida.