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Dólar cai ante real, mas deve fechar mês com maior alta desde março

31/07/2015 10h12


O dólar cai ante o real nesta sexta-feira, influenciado por uma correção técnica e dados mais fracos vindos dos Estados Unidos.

A desvalorização da moeda americana dá combustível a nova queda nas taxas futuras de juros, que ainda seguem em ajuste à sinalização do Banco Central (BC) de que o ciclo de aperto monetário pode ter chegado ao fim com a alta da Selic desta semana.

No plano doméstico, os dados fiscais devem seguir na pauta. O BC divulga nesta manhã o resultado primário do setor público consolidado, um dia depois de o Tesouro Nacional ter informado que o governo central registrou déficit primário recorde para meses de junho, de R$ 8,205 bilhões, levando o acumulado no semestre a ficar pela primeira vez também no negativo, em R$ 1,597 bilhão.

Para analistas, os números colocam em xeque até mesmo a já modesta meta de superávit primário do setor público consolidado deste ano, de 0,15% do PIB.

Às 9h43, o DI janeiro de 2016 cedia a 14,160% ao ano, contra 14,180% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 caía para 13,380%, ante 13,520% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 recuava para 12,760%, frente a 12,850% no ajuste de ontem.

No câmbio, o dólar comercial se depreciava 0,73%, a R$ 3,3468, sendo que, na mínima, ficou em R$ 3,3363. A queda de hoje apenas reduz a forte alta acumulada no mês, de 7,64%, a mais forte desde março, quando o dólar disparou 11,80%.

A alta do dólar no acumulado de julho é a terceira maior de uma lista de 34 divisas, atrás apenas da registrada frente ao peso colombiado (11,31%) e ao rublo russo (9,90%).

No ano, a moeda americana avança 26% ante o real, alta mais forte dentre a lista citada. Em 12 meses, o dólar salta 47,66%, variação menor apenas que a contabilizada ante o rublo russo (70,36%) e o peso colombiano (52,22%).