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Dow Jones tem nova máxima; mas Nasdaq e S&P 500 fecham em queda

22/02/2017 18h52

A quarta-feira sinalizava um clima de baixas para Wall Street. Mas bastou uma manchete corporativa para mudar tudo. Ao menos para o Dow Jones. Depois das notícias de que os reguladores europeus devem liberar a fusão de US$ 130 bilhões entre a DuPont e a Dow Chemical, as ações da DuPont avançaram mais de 3% e sustentaram quase sozinhas o índice de "blue chips" americanas no território positivo.


Após ajustes, o Dow Jones encerrou em alta de 0,16%, a 20.775,60 pontos, nova máxima histórica. O S&P 500 recuou 0,11%, a 2.362,82 pontos. O Nasdaq cedeu 0,09%, a 5.860,62 pontos. Ontem, os índices americanos atingiram de novo um recorde triplo.


O ganho significou a nona máxima seguida para o Dow Jones, na maior sequência de recordes desde janeiro de 1987. De quebra, o índice alcançou a maior pontuação absoluta de sua história no pregão de hoje, ao atingir 20.781,59 pontos.


A alta de 3,39% das ações da DuPont foi essencial para o recorde do Dow Jones. Mas a fabricante de produtos químicos teve ajuda. Nike e 3M subiram 1,52% e 1,46%, respectivamente, e contribuiriam para manter o índice na máxima histórica. Juntos, os três componentes asseguraram um ganho de 35 pontos ao Dow Jones.


Para se ter uma ideia do papel que DuPont, Nike e 3M representaram no resultado de hoje, basta citar que a quarta maior alta do Dow Jones, da IBM, foi três vezes mais modesta do que o terceiro maior ganho.


Já no S&P 500, o setor de energia, basicamente, manteve o indicador no território negativo. Os papéis de companhias da cadeia de óleo e gás lideraram as perdas ao caírem 1,44%. A queda foi três vezes superior à segunda maior baixa, a dos ativos imobiliários, que recuaram 0,44%.


Os demais pares, o S&P 500 e o Nasdaq, encerraram em queda diante das perdas do petróleo, que puxaram para baixo os papéis de energia, e do clima de cautela em meio às incertezas políticas relacionadas à eleição presidencial na França.


Nem mesmo a sinalização de uma alta de juros "relativamente em breve" na ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, divulgada hoje, impediu o feito do Dow Jones. Segundo analistas, apesar de "hawkish" (voltado para o aperto monetário), o documento emitiu sinais diversos sobre o momento de uma elevação de taxas.


Muitos participantes do mercado interpretaram os alertas da ata, como o dos riscos de um dólar mais forte e das incertezas em relação às políticas da administração Donald Trump, como fatores que tirariam do radar um movimento já na reunião de março. Integrantes do Fed citaram mesmo que o banco central teria um "amplo tempo" para responder a pressões de preços em elevação.