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A Terra Prometida e o Deserto Antes: o começo da preparação para o concurso

Shutterstock
Imagem: Shutterstock

05/08/2016 16h23

Série: A Terra Prometida e o Deserto Antes

Parte V – O Ponto de Virada

Há alguns meses, dei início a uma série de artigos aqui no UOL narrando a história de Concurciro, um rapaz pobre que resolve aceitar o desafio dos concursos e dá seus primeiros passos nessa grande aventura. No último episódio desta jornada rumo à aprovação, Concurciro deu início aos estudos. Ele estava motivado, mas parecia não conseguir progredir na preparação.

Percebendo que o estudo não estava rendendo, com a pressão externa e, principalmente, interna, aumentando a cada nova tentativa, Concurciro se voltou novamente ao seu mentor, o tal “guru” da indicação do amigo. Reviu o vídeo, leu alguns outros artigos e resolveu dar uma chance ao quadro horário. Dividiu as matérias do edital do INSS com base nos pesos de cada uma, separou o máximo de horas que poderia pensar e pegou um livro antigo de português para começar. O estudo começou a render um pouco mais, mas Concurciro estava sentindo falta de mais materiais de apoio. Foi quando teve uma ideia.

Passou um dia inteiro conhecendo os cursos preparatórios da cidade. Não tinha condição de pagar por qualquer um, mas perguntou em cada um deles se estavam precisando de alguém para trabalhar como assistente na biblioteca. Dessa forma teria acesso aos livros que precisava para se preparar e que não tinha condições de bancar. Conseguiu a vaga em um.

Trabalharia meio período como voluntário, ajudando a recolocar os livros nas prateleiras e indicar a localização de algum título caso algum aluno precisasse. No restante do tempo poderia ler e estudar.

O curso não era longe de casa e ele resolveu que iria caminhando para poder colocar o sangue para circular, seguindo outro conselho do “guru”: “A vitória se alcança com a conjugação e equilíbrio da mente com o corpo” (Mantra n.5), ele aproveitava a caminhada para ouvir a matéria que ele mesmo gravava toda noite, antes de ir dormir.

O pessoal do curso adorava o Concurciro e não demorou muito para que ele entrasse num grupo de estudos. Ele ajudava os alunos do cursinho e os alunos ajudavam o Concurciro.

Como o amigo Experiêncio, Concurciro foi se afastando da galera do futebol... parou de aparecer nas reuniões de amigos. Dona Esperança começou a temer pelo filho, ao mesmo tempo em que estava feliz com a disciplina do rapaz e o recém adquirido gosto pela leitura, estava aflita com o fato de o filho não parar mais em casa.

Os irmãos, por sua vez, sempre que tinham a oportunidade, lançavam uma mensagem de "incentivo": “você não vai conseguir cara”, “larga disso e vamos jogar”, “concurso é tudo furada”. A namorada começou a ficar chateada com a ausência dele e os dois chegaram a brigar várias vezes. Mas Concurciro tinha chegado ao ponto de virada e estava vivendo em seu dia a dia a grande mudança. Concurciro havia se tornado um concurseiro de verdade e estava decidido a conquistar sua vaga.

Esperamos que você continue acompanhando essa jornada conosco, e use a história de Concurciro para ajudar a sua própria trajetória. Aproveite para nos contar o que acha da jornada de nosso herói e um pouco mais sobre você: como se interessou por concursos? Quais foram suas primeiras percepções? E não perca o próximo capítulo quando nosso protagonista começa a superar os maiores desafios de sua preparação.