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Carla Araújo

Guedes perde evento enquanto Bolsonaro aposta na "agenda Marinho"

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em inauguração de trecho do eixo norte da transposição do São Francisco, no Ceará  - Isac Nóbrega/Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em inauguração de trecho do eixo norte da transposição do São Francisco, no Ceará Imagem: Isac Nóbrega/Divulgação

Do UOL, em Brasília

24/08/2020 21h35

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Nesta terça-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro vai abrir as portas do Palácio do Planalto para um dos anúncios prometidos pelo seu governo: o Casa Verde e Amarela. O programa, que pretende dar uma marca do governo Bolsonaro ao antigo Minha Casa, Minha Vida, é de responsabilidade do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

Marinho tem ganhado cada vez mais espaço como conselheiro do presidente e é hoje tido na Esplanada como principal antagonista do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O ainda Posto-Ipiranga, aliás, começou a semana amargando mais uma frustração. Ele também tinha programado para apresentar amanhã medidas econômicas como o Renda Brasil, um Bolsa-Família ampliado.

Mas, diante de impasses e com a discussão da prorrogação do auxílio emergencial na pauta, Bolsonaro pediu que o evento fosse cancelado.

Agenda social

Bolsonaro tem dito a auxiliares que as agendas de viagens pelo Brasil com Marinho têm trazido bastante resultado. O presidente diz que "gosta de ouvir o povo" e quer viajar mais. O ministro está empenhado em montar essa agenda.

O Casa Verde Amarela é um programa que vai de encontro justamente ao encontro da agenda que Bolsonaro quer - a exemplo do que fizeram seus antecessores petistas - inaugurar casas populares pelo país.

O programa habitacional de Bolsonaro, além da marca nacionalista que o presidente tenta reforçar no governo, segundo integrantes do Executivo, será mais amplo do que o Minha Casa, Minha Vida.

Ainda há incômodo

A cerimônia está marcada para acontecer as 11 horas. A presença do ministro Paulo Guedes, ainda não foi confirmada.

No Palácio do Planalto ainda há incômodo com a recente declaração de Guedes, que afirmou que senadores haviam cometido crime ao derrubar o veto do presidente ao reajuste dos servidores.

Auxiliares do presidente disseram que foi preciso concordar com a avaliação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que com falas atrapalhadas não ajudam e acabam atrapalhando mais.