Consignado privado alcança R$ 340 milhões em empréstimos contratados
O programa do consignado privado movimentou R$ 340,3 milhões desde o lançamento na última sexta-feira, com quase 50 mil trabalhadores contratando empréstimos por meio do aplicativo oficial da carteira digital de trabalho.
O volume médio dos empréstimos em 48.170 contratos fechados foi de R$ 7.065,14. A média das parcelas está em R$ 333,88 — o que equivale a um contrato de longo prazo: 21 meses. Cerca de 35 instituições financeiras se habilitaram nos primeiros dias do programa.
O JP Morgan fez uma simulação utilizando a carteira de trabalho de integrantes da equipe do banco de investimentos e encontrou taxas entre 2.99% a 4.99% ao mês — o que corresponde a 40%-80% ao ano. O menor patamar de juros encontrado equivale à taxa média do consignado privado que existe hoje e é restrito a colaboradores de grandes empresas, por meio de convênio com bancos. No crédito pessoal sem garantias, a taxa anualizada gira em torno de 100%.
O JP Morgan fez simulações para empréstimos para 7 pessoas diferentes e obteve propostas para 6 delas. Segundo o banco de investimentos, o Agibank foi o único banco que apresentou propostas para todos os clientes. Dentre os bancos tradicionais, públicos ou privados, a Caixa foi a mais ativa nos primeiros dias. Dentre as fintechs, o JP Morgan notou a ausência de Nubank e Banco Inter. Eles não apresentaram nenhuma proposta para os funcionários do JP Morgan — mesmo considerando que dois deles já tinham contratos de empréstimos com o Nubank.
O programa permite ao trabalhador comprometer até 35% da renda líquida. Mas, segundo o JP Morgan, as propostas apresentadas correspondiam a 35% do salário bruto.
Hoje o consignado privado via grandes empresas movimenta R$ 40 bilhões. A expectativa da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) é de que, com o novo programa, em três a quatro anos o consignado privado alcance uma carteira de R$ 120 bilhões.
Reportagem
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