Bolsa sobe 0,6%; dólar fica estável com expectativa por cobrança de impostos
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta de 0,6%, aos 69.227,63 pontos, nesta terça-feira (28). Este é o maior patamar de fechamento em pontos desde 23 de abril. O giro do pregão foi de R$ 6,07 bilhões.
A preocupação com medidas adicionais do governo no câmbio manteve a cotação do dólar comercial estável, a R$ 1,71 na venda, impedindo que a moeda seguisse o viés dos mercados globais e caísse.
Em Londres, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, manteve em aberto a possibilidade de mais impostos para tentar frear a valorização do real, além da política de compra de dólares já adotada pelo governo.
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Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,4%, após uma sessão instável e de preocupação com a queda da confiança do consumidor nos Estados Unidos. O dado foi o principal responsável pela queda do dólar no mercado global.
O maior volume financeiro na Bolsa paulista ficou com as ações preferenciais (que possuem preferência na hora de receber dividendos, mas não têm voto) da Petrobras (PETR4), com alta de 0,75%, a R$ 26,70.
Em segundo lugar em termos de volume ficou a ação preferencial da Vale (VALE5), com alta de 0,66%, a R$ 45,90. Esse papel já acumula alta de 5,7% desde que a mineradora anunciou a recompra de até US$ 2 bilhões em ações, na semana passada.
O panorama para os preços do minério de ferro também está firme, de acordo com os analistas Rodrigo Barros e Jorge Beristain, do Deutsche Bank, que compareceram a uma conferência de aço e matérias-primas na China e reiteraram a recomendação de compra das ações da Vale.
No setor de siderurgia, a ação preferencial da Usiminas (USIM5) -que anunciou aprovação do desdobramento de ações- teve alta de 2,67%, a R$ 23,10. CSN (CSNA3) avançou 2,53%, a R$ 29,55, e Gerdau (GGBR4) teve alta de 2,1%, a R$ 23,38.
A maior alta do Ibovespa coube à OGX (OGXP3), de Eike Batista, com ganho de 3%, a R$ 20,96. No setor de celulose, Fibria (FIBR3) teve valorização de 2,38%, a R$ 30,10.
Fora das matérias-primas, notícias corporativas animaram o setor de cartões, com alta de 0,69% da Redecard (RDCD3), a R$ 26,18, e de 2,46% da Cielo (CIEL3), a R$ 15.
De acordo com Rafael Dornaus, operador de renda variável da corretora Hencorp Commcor, a alta da Redecard esteve ligada à parceria com a chinesa UnionPay. Já a Cielo subiu por conta do "grande" anúncio que a empresa diz reservar para a manhã de quarta-feira, sem ter informado detalhes.
Na ponta de baixo, a maior queda percentual da carteira teórica ficou com Duratex (DTEX3), com baixa de 2,51%, a R$ 17,84.
Bolsas internacionais
As ações europeias caíram pelo segundo pregão consecutivo, lideradas pelo setor bancário e pelas montadoras, com os investidores diminuindo a exposição a risco após um relatório mostrar que a confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu ao menor nível desde fevereiro.
As principais Bolsas asiáticas tiveram um dia negativo após os mercados nos Estados Unidos fecharem em baixa na véspera, ao passo que os mercados de câmbio seguiam na expectativa por novas intervenções do governo japonês.
(Com informações de Reuters e Valor)
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