Bovespa fecha em queda, puxada por ações de Eike; MMX desaba 17%

A Bovespa fechou no vermelho nesta terça-feira (10). O Ibovespa, principal índice da Bolsa, perdeu 0,5%, a 53.979,03 pontos, puxado principalmente pela queda das ações de Eike Batista.

O dólar comercial fechou em alta, depois de ter acumulado seis quedas seguidas. A moeda norte-americana fechou com ganhos de 0,18%, a R$ 2,282 na venda.

Como a moeda dos EUA acumulou quedas nas últimas seis sessões que a levaram a se afastar do patamar de R$ 2,30, investidores aproveitaram a cotação mais "barata" para comprar dólares, o que fez a moeda virar e acelerar a alta.

MMX despenca 17%

A ação da mineradora MMX (MMXM3), de Eike Batista, teve a maior queda da Bovespa, despencando 17,11% , a R$ 1,89. A mineradora anunciou nesta terça que fechou acordo com a trading Trafigura e o Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi.

O contrato é para negociar exclusivamente por quatro semanas um contrato no qual as duas estrangeiras deverão tornar-se controladoras e operadoras do Porto Sudeste, principal ativo da companhia brasileira.

"Levando em conta o investimento feito no passado, o valor para a venda do porto é muito inferior. Os acionistas acabam tendo uma perda financeira", afirmou o analista-chefe da Corretora Magliano, Henrique Kleine, à agência de notícias Reuters.

OGX cai forte; Tim tem maior alta

A petroleira OGX (OGXP3), de Eike, também foi destaque de queda na Bovespa, perdendo 11,63%, a R$ 0,38. A empresa informou que não produziu petróleo no campo de Tubarão Azul em agosto, devido a danos nas bombas centrífugas submersas (BCS), o que levou a companhia a extrair apenas gás no mês passado.

A empresa LLX (LLXL3), de logística, teve a terceira maior queda, e recuou 6,17%, a R$ 1,52. A ação ordinária da Oi (OIBR3) perdeu 5,29%, a R$ 4,30, e a MRV Engenharia (MRVE3) teve baixa de 3,1%, a R$ 9,69.

Na ponta oposta, a ação da Tim (TIMP3) teve a maior alta, e subiu 4,12%, a R$ 10,35. A ação ordinária da Vale (VALE3) ganhou 2,44%, a R$ 37,85, e a da Embraer (EMBR3) avançou 2,19%, a R$ 20,55.

Os negócios movimentaram R$ 8,7 bilhões.

Tensão menor sobre a Síria impulsiona mercados

Nos mercados internacionais, os investidores ficaram aliviados com a possibilidade de não ocorrer um ataque militar à Síria por parte dos Estados Unidos.

As ações dos EUA fecharam em alta, e o S&P 500 avançou pela sexta sessão consecutiva.

O índice Dow Jones avançou 0,85%, para 15.191 pontos. O Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,73%, para 1.683 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 0,62%, para 3.729 pontos.

As Bolsas europeias atingiram o maior nível em três meses e meio.  O índice FTSEurofirst 300 fechou em alta de 1,3%, a 1.243 pontos, nível visto pela última vez em 29 de maio. Em Londres, o índice Financial Times subiu 0,82%, a 6.583 pontos. 

Em Frankfurt, o índice DAX avançou 2,06%, para 8.446 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve alta de 1,89%, a 4.116 pontos.

As ações asiáticas atingiram o maior nível em três meses, animadas também por novas evidências que sugerem que a China pode estar deixando para trás uma desaceleração econômica.

O índice japonês Nikkei fechou em alta de 1,54%. As Bolsas de Hong Kong, Xangai, Seul, Taiwan, Cingapura e Sydney tiveram altas de 0,99%, 1,15%, 0,98%, 0,20%, 1,16% e 0,38%, respectivamente.

(Com Reuters)