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Bovespa sobe 7% em março e tem melhor mês em mais de 2 anos

Do UOL, em São Paulo

31/03/2014 17h32Atualizada em 31/03/2014 18h10

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com alta expressiva de 1,3% nesta segunda-feira (31), aos 50.414,92 pontos.

Após quatro meses acumulando quedas, a Bovespa registrou valorização de 7,05% em março. É o melhor resultado mensal desde janeiro de 2012 (quando a Bolsa acumulou alta de 11,13%).

Mesmo com a alta no mês, a Bolsa fechou o trimestre com perdas de 2,02%: a queda em janeiro havia sido de 7,51%, e em fevereiro, de 1,14%.

No mercado de câmbio, depois de uma sessão bastante instável, o dólar comercial fechou em alta, subindo 0,44%, a R$ 2,269 na venda. Apesar da alta no dia, o dólar encerra março com perda de 3,22%, a maior queda mensal desde setembro do ano passado, quando caiu 7,08%.

Ações da Vale puxam alta da Bolsa

Por causa do seu peso na composição do índice, as ações da mineradora Vale foram a principal influência de alta para a Bolsa nesta segunda-feira. A ação preferencial (VALE5), que dá prioridade na distribuição de lucros, subiu 1,94%, a R$ 28,35; a ação ordinária (VALE3), que dá direito a voto nas assembleias da empresa, avançou 1,32%, para R$ 31,42.

Os investidores ficaram otimistas com a alta nos preços do minério de ferro na China, que subiram 4% e atingiram o maior nível em semanas nesta segunda. A expectativa é de que o governo chinês anuncie medidas de estímulo à economia ainda nesta semana.

A maior alta do Ibovespa, no entanto, foi da construtora Gafisa (GFSA3), que ganhou 6,25%, a R$ 3,57; em seguida, aparece a Energias do Brasil (ENBR3), com alta de 5,86%, a R$ 10,30.

A ação ordinária da Eletrobras (ELET3) avançou 4,76%, a R$ 6,60; a ALL (ALLL3) subiu 4,13%, para R$ 7,57; e o papel da BB Seguridade (BBSE3) teve ganhos de 3,98%, para R$ 25,11.

Na ponta oposta, a Duratex (DTEX3) teve a maior perda do dia, caindo 3,51%, a R$ 11,55; seguida pela ação preferencial da Oi (OIBR4), com queda de 3,41%, a R$ 3,12, e pelo papel da Prumo Logística (LLXL3), ex-LLX, que fechou em baixa de 2,91%, a R$ 1.

Bolsas internacionais

A maioria das Bolsas de Valores europeias fechou em queda, mas com destaque positivo para as ações do setor bancário italiano. Os papéis subiram diante de sinais que os bancos de pequeno porte estão conquistando investidores internacionais.

A Bolsa de Milão fechou em alta de 0,9%; em Lisboa, o índice português avançou 0,43%; o índice de Madri ganhou 0,11%. A Bolsa de Londres teve queda de 0,26%; Frankfurt, na Alemanha, caiu 0,33%; e Paris perdeu 0,45%.

A confiança dos investidores foi elevada por expectativas de novos estímulos do Banco Central Europeu (BCE), diante do resultado da inflação na zona do euro abaixo do esperado. Contudo, movimentos de ajuste de fim de trimestre provocaram vendas generalizadas no fim da sessão.

As ações asiáticas avançaram, com investidores esperançosos de que a China adote medidas para estimular sua economia nesta semana.

O índice japonês Nikkei subiu 0,9%, mas as esperanças sobre o estímulo na China não foram capazes, porém, de sustentar com força todos os mercados na Ásia.

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0, 41% e o índice sul-coreano registrou apenas ligeira alta de 0,23%. Hong Kong subiu 0,39%; Taiwan saltou 0,85%; Cingapura e Sydneu fecharam em alta de 0,52%.

(Com Reuters)