Dólar sobe no dia, mas recua 3,22% no mês e fica abaixo de R$ 2,27
Depois de uma sessão bastante instável, o dólar comercial fechou em alta nesta segunda-feira (31), subindo 0,44%, a R$ 2,269 na venda.
Apesar da alta no dia, o dólar encerra março com perda de 3,22%, a maior queda mensal desde setembro do ano passado, quando caiu 7,08%.
Ao longo de todo o primeiro trimestre, as perdas acumuladas chegaram a 3,74%, com alta de 2,33% em janeiro e queda de 2,79% em fevereiro.
Hoje também foi dia de fechamento da taxa Ptax, que ficou em R$ 2,2624 para compra e R$ 2,2630 para venda. A Ptax é uma média das cotações do dólar usada como referência para contratos mensais no mercado futuro.
BC não rola contratos futuros e preocupa investidores
O Banco Central parece não estar confortável com a queda recente no valor do dólar, de acordo com analistas econômicos ouvidos pela agência de notícias Reuters. Essa avaliação fez com que eles passassem a apostar no nível de R$ 2,30 como um limite informal para a cotação.
Os investidores estão atentos aos leilões de venda de dólares que o BC faz no mercado futuro nos últimos dias. Na última sexta, o BC não anunciou a rolagem dos contratos que vencem em 1º de abril; operadores imaginam que a rolagem tenha sido encerrada, deixando vencer cerca de 55 mil contratos do lote total, equivalente a US$ 10,148 bilhões.
"Se o dólar tivesse voltado acima de R$ 2,30, acredito que o BC teria continuado com a rolagem", opinou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Jaime Ferreira, para quem cotações abaixo desse patamar prejudicam as exportações e, por isso, desagradariam o BC.
Atuações diárias continuam
O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em dezembro.
Nesta segunda, o BC vendeu toda a oferta de 4.000 contratos de swap cambial, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, com vencimento em 1º de dezembro de 2014, movimentando o equivalente a US$ 198,5 milhões.
Da oferta de até 4.000 contratos com vencimento em 2 de março do ano que vem, nenhum negócio foi fechado.
Mais intervenções: BC faz leilão com compromisso de recompra
Além disso, o BC aceitou propostas no leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra, para rolar contratos que venceriam em 2 de abril. A taxa de recompra, em 2 de junho de 2014, ficou em R$ 2,310696.
Declarações de presidente do BC dos EUA mexem com mercado
A presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, Janet Yellen, defendeu em um discurso nesta segunda-feira as políticas de estímulo à economia. Isso aliviou um pouco a preocupação que tem assombrado os mercados desde que ela sugeriu que poderia elevar as taxas de juros em 2015.
"A Yellen tirou um pouco da pressão do mercado em relação à alta dos juros lá nos Estados Unidos", resumiu o economista da corretora H.Commcor Waldir Kiel, à agência de notícias Reuters.
(Com Reuters)
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