Dólar tem leve queda e vai a R$ 5,067; Bolsa sobe à espera do Copom

O dólar fechou o dia com leve queda de 0,12%, cotado a R$ 5,067, nesta terça-feira (7).

Já o Ibovespa, principal índice da B3, fechou o dia com alta de 0,58%, aos 129.210,48 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere- se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Moeda norte-americana rondou estabilidade frente ao real nesta terça-feira. Movimento do mercado vai em linha com o alívio externo sobre as perspectivas de afrouxamento monetário nos Estados Unidos. "A gente ainda está num cenário de definição, de certa forma, depois daquela alta forte (do dólar) que a gente teve no final do mês de abril", disse Thiago Lourenço, operador da Manchester Investimentos.

Dólar tem encontrado resistência para continuar caindo, diz analista. Lourenço destacou um movimento de correção nos mercados desde que o dólar saltou para os picos do ano no mês passado, mas ponderou que o dólar tem encontrado uma certa resistência para continuar caindo. "A gente tem que acompanhar o decorrer das próximas informações com relação à política monetária nos Estados Unidos, isso deve definir como vai ficar a dinâmica de preços", acrescentou Lourenço.

Relatório do mercado de trabalho dos EUA foi mais fraco do que o esperado na semana passada. Documento alimentou as apostas de que o banco central dos EUA afrouxará a política monetária ainda este ano, com os operadores prevendo cerca de dois cortes nos juros até o final de 2024. Antes dos dados de emprego, a visão era bem mais pessimista, com previsão de apenas um ajuste nos juros —e com parte dos mercados até descartando alterações na política monetária.

No Brasil, foco estava no ritmo de redução da Selic a ser adotado pelo Banco Central em seu encontro desta semana. Reunião do Comitê de Política Monetária iniciará nesta terça-feira seu encontro de dois dias para definir os juros.

O boletim semanal Focus e os contratos futuros de juros mostram perspectiva de redução do ritmo de corte da Selic para 0,25 ponto percentual. A maioria dos economistas consultados em pesquisa da Reuters também acredita numa desaceleração para 0,25 ponto, embora parcela expressiva aposte na manutenção do passo de 0,50 ponto visto nas últimas seis reuniões.

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Mercado também analisa cenário do Rio Grande do Sul. Na segunda-feira, a Câmara aprovou o Projeto de Decreto Legislativo que declara calamidade pública no estado e retira da meta fiscal os recursos que serão usados para a recuperação dos estragos causados pelas chuvas na região.

Texto segue para o Senado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou hoje que o projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade no Rio Grande do Sul deve ser aprovado. O decreto legislativo abre caminho para o envio de recursos federais ao estado sem que isso afete a meta fiscal do governo.

Ao mesmo tempo, os investidores avaliam alguns balanços como Itaú Unibanco, Vamos, Embraer, TIM e Rede D'or. De acordo com a equipe da XP, o foco na sessão da Bolsa está voltado à temporada de resultados, mas também aos impactos das chuvas no Rio Grande do Sul.

Itaú Unibanco subiu cerca de 2% após resultado sólido no primeiro trimestre. Enquanto Vamos, Rede D'Or e Vivara também foram destaque positivo após seus respectivos balanços.

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