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Dólar fecha quase estável, a R$ 3,588, com alta do petróleo e cena política

Do UOL, em São Paulo

02/06/2016 17h08

Após operar a maior parte do dia em alta, o dólar comercial fechou esta quinta-feira (2) praticamente estável, com leve queda de 0,01%, cotado a R$ 3,588 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,68%.

Com isso, o dólar acumula desvalorização de 0,65% na semana. No ano, a queda acumulada é de 9,13%.

Alta do petróleo

O dólar perdeu força à tarde seguindo o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, que passaram a subir. 

O barril do petróleo Brent, referência no mercado, fechou com alta de 0,64%, a US$ 50,04, e petróleo nos Estados Unidos subiu 0,33%, a US$ 49,17 o barril.

Reajuste de servidores

Investidores continuam preocupados com o cenário político brasileiro. 

Na madrugada desta quinta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o reajuste dos salários de diversas categorias do setor público com apoio do governo interino de Michel Temer, um impacto bilionário no Orçamento.

"[A medida] vai na contramão do ajuste fiscal, mas pode contar pontos na questão da governabilidade. No líquido, o resultado pode não ser de todo negativo", disse à agencia de notícias Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa, referindo-se à possibilidade de o governo interino ter conquistado mais apoio político com a aprovação da medida.

Gastos do governo

Por outro lado, a Câmara também aprovou em primeiro turno a DRU (Desvinculação de Receitas da União), que amplia e prorroga até 2023 o mecanismo que permite ao governo gastar livremente parte de sua arrecadação.

O projeto ainda precisa passar por um segundo turno na Casa antes de ser enviada ao Senado para mais uma votação em dois turnos. Ainda assim, operadores encararam a aprovação como mais um sinal de apoio ao governo no Legislativo.

Muitos operadores vêm expressando preocupação com a possibilidade de Temer enfrentar dificuldades para conseguir apoio a medidas para ajustar as contas públicas no Congresso, especialmente após escândalos ligados à operação Lava Jato levarem à queda de dois de seus ministros em uma semana.

(Com Reuters)