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Dólar fecha em queda de 1%, a R$ 3,344, menor valor em quase 11 meses

Do UOL, em São Paulo

23/06/2016 17h09

dólar comercial emendou a segunda queda seguida e fechou esta quinta-feira (23) com baixa de 0,99%, cotado a R$ 3,344 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,83%.

Esse é o menor valor em quase 11 meses. Assim como já havia acontecido no início do mês, o dólar termina o dia em seu menor valor desde 29 de julho de 2015, quando valia R

Esse é o menor valor em quase 11 meses. Assim como já havia acontecido no início do mês, o dólar termina o dia em seu menor valor desde 29 de julho de 2015, quando valia R$ 3,329.

nbsp;3,329.

Com isso, a moeda acumula desvalorização de 7,41% no mês e de 15,29% no ano.

Votação no Reino Unido

No cenário externo, investidores apostavam na permanência do Reino Unido na União Europeia (UE). Os britânicos decidem nesta quinta-feira se continuam ou se deixam o bloco econômico. O resultado deve ser conhecido nas primeiras horas desta sexta-feira (24).

As últimas pesquisas de opinião vêm mostrando crescente vantagem do voto pela permanência no bloco. Mercados de apostas indicam chances ainda maiores de o Reino Unido continuar como membro da UE.

Operadores acreditam que uma eventual saída do bloco possa afetar a economia global. Com isso, investidores tenderiam a assumir menos riscos, evitando aplicar recursos em mercados emergentes, como o Brasil.

"Por enquanto, os mercados parecem precificar [apostar na] maior probabilidade de manutenção do status-quo [as coisas como estão]", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em relatório.

Estratégia do BC 

No Brasil, operadores discutiam a estratégia do Banco Central, que se mantém discreto, no mercado de câmbio.

Mesmo após cair abaixo dos R$ 3,40, o que pode prejudicar as exportações brasileiras, o BC fez nesta sessão leilão de venda de até US$ 4,4 bilhões com compromisso de recompra.

A operação foi feita para rolar contratos já existentes, e, portanto, não altera a oferta de dólares no mercado. 

"Algumas pessoas no mercado entenderam isso como uma sinalização de que os movimentos do câmbio estão corretos, mas só vamos saber com certeza quando essa questão do referendo [britânico] ficar para trás", disse o operador de uma corretora internacional à agência de notícias Reuters.

Lava Jato

No cenário político, investidores repercutiam a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, que ocupou cargos do primeiro escalão nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, em novo desdobramento da Operação Lava Jato.

Aos olhos do mercado, a operação reduziu as chances de Dilma ser inocentada ao final do processo de impeachment ou de Lula voltar ao poder.

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(Com Reuters)