Dólar cai 1,1% e fecha a R$ 3,219, após forte alta na véspera
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (5) em queda de 1,1%, a R$ 3,219.
Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1,54%, a maior alta percentual diária desde 13 de setembro. No ano, o dólar acumula queda de 19,12%.
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Cenário brasileiro
Segundo analistas, a queda do dólar hoje foi um movimento de "ajuste" devido à alta expressiva (de 1,54%) da véspera.
O dólar foi influenciado pela decisão da Câmara dos Deputados de aprovar um requerimento que confere urgência ao projeto de regularização de recursos não declarados no exterior.
Além disso, investidores estavam otimistas com a notícia de que os partidos da base aliada fecharam acordo para a aprovação da PEC do teto de gastos.
"Veja que o dólar ampliou bastante a queda internamente. Agora a base inteira fechou questão para aprovar a PEC. Se ninguém trair ninguém, tá aprovada", disse operador de renda fixa de uma corretora à agência de notícias Reuters.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior é a principal medida de ajuste das contas públicas.
Atuação do BC
O Banco Central brasileiro atuou no mercado de câmbio nesta quarta-feira. Como nas últimas sessões, o BC ofertou 5.000 contratos de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares). Todos foram vendidos.
Juros nos EUA
No exterior, investidores ficaram de olho em dados sobre a economia dos Estados Unidos.
Os dados do Relatório Nacional de Emprego da ADP divulgados mostraram a criação de 154 mil vagas em setembro no setor privado dos EUA, abaixo das expectativas dos economistas ouvidos pela Reuters de criação de 166 mil postos de trabalho.
Esses números são considerados uma prévia do relatório de emprego a ser divulgado na próxima sexta-feira. Se confirmado, o enfraquecimento do mercado de trabalho pode reduzir apostas de aumento da taxa de juros nos EUA.
Juros mais altos poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde os rendimentos são mais altos, como é o caso do Brasil.
(Com Reuters)
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