Dólar sobe 1,54%, maior alta em três semanas, e fecha a R$ 3,255
O dólar comercial fechou esta terça-feira (4) em alta de 1,54%, a R$ 3,255 na venda, após duas quedas seguidas. É a maior alta percentual diária desde 13 de setembro, quando o dólar havia subido 2,09%.
Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 1,42%, ao menor valor desde 22 de agosto. No ano, o dólar acumula queda de 17,55%.
- Dólar em queda deixa viagem ao exterior mais barata
- BC mostra onde comprar dólar mais barato
- Como comprar dólar com a economia instável?
- IOF sobe: melhor comprar dólar ou pagar no cartão?
Juros nos EUA
Segundo analistas, a alta do dólar hoje é um movimento de “ajuste” devido à queda expressiva da véspera. Investidores aproveitaram o preço mais baixo para comprar dólar. Com uma procura maior, o preço tende a subir.
Além disso, o movimento aqui no Brasil acompanhou a alta do dólar nos mercados externos.
Declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) contribuíam para influenciar a alta do dólar no exterior. O presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, disse nesta terça-feira que o Fed não deveria subir os juros tão gradualmente.
Na segunda-feira (3), a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, já havia defendido aumento de juros.
"Embora ele não tenha voto este ano no Fomc, (Lacker) é mais um dirigente a falar sobre o aumento dos juros e isso influencia", disse o diretor de uma corretora à agência de notícias Reuters. Juros mais altos nos Estados Unidos poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
Declarações do presidente do BC
No Brasil, o dólar também foi influenciado por declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, sobre swap cambial (negociação de dólar no mercado futuro).
Ele disse que o câmbio não está sendo utilizado como instrumento para controlar a inflação. Segundo ele, se assim fosse, o BC não estaria reduzindo o estoque de swaps.
"O mercado entendeu que se o BC quisesse que o dólar caísse, não faria o swap reverso (compra futura de dólares) e deixaria o dólar afundar", afirmou o diretor de operações de uma corretora à Reuters.
Ilan falou ainda que o BC está em processo de redução dos swaps cambiais –o que significa uma menor intervenção no mercado de câmbio.
Atuação do BC
O Banco Central brasileiro atuou no mercado de câmbio nesta terça-feira. Como nas últimas sessões, o BC ofertou 5.000 contratos de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares). Todos foram vendidos.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.