Dólar tem 2ª queda e fecha a R$ 3,169, menor valor em mais de 2 meses
O dólar comercial operou em alta durante a manhã, mas inverteu o movimento e fechou esta quarta-feira (19) em queda 0,44%, a R$ 3,169 na venda. É a segunda queda seguida e o menor valor de fechamento desde 11 de agosto, quando a moeda norte-americana havia fechado a R$ 3,14.
Com isso, o dólar acumula queda de 1,11% na semana. No mês, tem desvalorização de 2,54% e, no ano, perdas de 19,73%.
Na véspera, o dólar havia caído 0,77%.
Nas primeiras horas de negociações desta quarta, os investidores aproveitaram a queda no preço do dólar na véspera para comprar a moeda. Quanto maior a procura, o preço tende a subir.
"O recuo do dólar na sessão de terça-feira atraiu compradores logo cedo. Temos visto muita procura quando a moeda chega na casa de R$ 3,18, com muitos investidores comprando para honrar compromissos", disse o sócio de uma corretora à agência de notícias Reuters.
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Entrada de recursos e juros
No entanto, a entrada de recursos no Brasil -que tem sido citada nos últimos dias por operadores- fez com que o dólar passasse a cair. Quanto maior a oferta, o preço tende a cair.
O mercado vem apostando na baixa do dólar, diante da perspectiva de mais entrada de recursos com a proximidade do fim do prazo para a repatriação de recursos de brasileiros no exterior e também com a expectativa de queda da Selic (taxa básica de juros).
Os investidores têm interpretado que se o BC reduzir a taxa de juros, é um sinal de que a economia está melhorando. Isso poderia atrair recursos estrangeiros e fazer o dólar cair ainda mais.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decide hoje a Selic, depois de uma reunião de dois dias. A expectativa é de corte dos juros pela primeira vez em quatro anos. O resultado deve ser divulgado a partir das 18h20.
"O governo brasileiro tem conseguido vender o Brasil lá no exterior", comentou o gestor de uma corretora nacional à Reuters. "Isso favorece a entrada de recursos", disse ao citar viagem do presidente Michel Temer ao Japão.
Nesta quarta, Brasil e Japão acertaram explorar oportunidades de investimento japonês em infraestrutura no Brasil.
Atuação do BC
Como nas últimas sessões, o Banco Central brasileiro ofertou 5.000 contratos de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares). Todos foram vendidos.
(Com Reuters)
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