15% das ações mais negociadas na Bolsa têm queda no ano, diz consultoria
A maioria das ações mais negociadas na Bolsa brasileira apresenta desempenho positivo no acumulado de 2016. Segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (25) pela consultoria Economatica, só 24 ações acumulam queda este ano, o que representa 15% dos 160 papéis analisados. Outras 136 ações registraram alta.
Para fazer a conta, a Economatica analisou o retorno das 315 ações que tiveram alguma negociação em 2016, e separou apenas as 160 que movimentaram mais de R$ 500 mil por dia no período.
O retorno das ações foi calculado entre 31 de dezembro de 2015 e a última segunda-feira (24). Os valores de fechamento do ano passado foram ajustados por proventos (pagamento de dividendos, juros sobre capital próprio, bonificações, entre outros).
Fibria tem a maior queda
Os setores de abatedouros e papel e celulose são os que têm mais ações na lista de desvalorizações, com três representantes cada.
A ação com maior queda no preço em 2016 é a Fibria (FIBR3), que em 2016 até o dia 24 de outubro teve queda de 54,58%. A segunda maior queda foi da Embraer (EMBR3), com desvalorização de 48,18%.
A Marfrig (MRFG3) - representante do setor de abatedouro- aparece em 16º lugar, com queda acumulada de 5,83%. A BRF (BRFS3) - dona de marcas Sadia e Perdigão- teve perda de 1,25%, na 22ª posição.
Das 24 ações, 13 têm queda superior a 10% e oito, queda inferior a 5%.
Na lista das ações com que acumularam baixa em 2016, seis fazem parte do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira. O índice conta com 58 ações. Portanto, 52 papéis acumularam alta em 2016.
Valor de mercado
Segundo a consultoria, o valor de mercado das 24 empresas que tiveram desempenho negativo este ano somava R$ 208 bilhões em 31 de dezembro de 2015 e R$ 153,3 bilhões no dia 24 de outubro de 2016, queda de R$ 54,7 bilhões no período.
O valor de mercado das empresas de capital aberto é calculado multiplicando o total de ações pelo preço de cada ação.
A empresa com a maior queda nominal de valor de mercado é a Fibria, que perdeu R$ 15,8 bilhões. Valia R$ 28,7 bilhões em dezembro de 2015 e R$ 12,8 bilhões na terça-feira (24).
Logo depois aparece a Embraer, que passou de R$ 22,2 bilhões em valor de mercado para R$ 11,4 bilhões, perdendo cerca de R$ 10,8 bilhões no período.
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