Dólar fecha com alta de 1,5%, a R$ 4,164 na venda; Bolsa cai 0,18%
O dólar comercial fechou o dia com alta de 1,5 % a R$ 4,1642 na venda. Esta é a maior alta da moeda norte-americana desde o dia 14 de agosto, quando subiu 1,86%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o dia quase estável, com queda de 0,18% a 104.339,16 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Alta após corte na Selic
O dólar encerrou em forte alta contra o real nesta quinta-feira, superando a marca de 4,16 reais, um dia depois de o Banco Central cortar a Selic e sinalizar mais redução na taxa básica de juros à frente.
Segundo relatório da equipe de análise da Correparti Corretora de Câmbio, a valorização do dólar teve como principal 'driver' a fuga de capital estrangeiro, especialmente de fundos especulativos, em busca de melhor remuneração, após o BC cortar a taxa Selic.
"Estes fundos predadores foram a mercado comprar dólares para aportarem em outros países emergentes que têm melhor rentabilidade e um custo de hedge mais baixo, como o México."
O Banco Central cortou na quarta-feira a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, a 5,50% ao ano, dando sequência ao ciclo de afrouxamento monetário em meio à débil recuperação econômica, num processo que deve seguir adiante, segundo sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom).
No acumulado de setembro até dia 13, o fluxo cambial financeiro estava negativo em 1,8 bilhão de dólares, segundo o BC.
O corte nos juros brasileiros veio na sequência de uma redução dos juros também nos Estados Unidos. O Federal Reserve reafirmou que a perspectiva econômica dos EUA é "favorável", com o mercado de trabalho forte e a inflação provavelmente retornando à meta do Fed (2%).
*Com informações da Reuters
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