Dólar emenda 2ª alta e fecha a R$ 5,598; Bolsa vai ao maior nível em um mês
O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,34%, a R$ 5,598 na venda, emendando segunda alta seguida, no maior valor em uma semana, desde 7 de outubro (R$ 5,623).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,84%, também a segunda seguida, a 99.334,43 pontos. É o maior nível da Bolsa em quase um mês, desde 17 de setembro (100.097,83). O Ibovespa respondeu aos dados positivos do setor de serviços no Brasil e à melhora de mercados no exterior.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Cenário interno
Para Gilberto Kfouri, responsável por renda fixa e multimercados da BNP Paribas Asset Management no Brasil, o dólar está caro sobretudo considerando a expectativa de que o resultado das transações correntes escape de déficit neste ano. Mas ele ponderou que os mercados domésticos seguem envoltos em temores de ordem fiscal e que o noticiário local tem peso maior na taxa de câmbio quando comparado a outros lugares.
"Espaço para o dólar voltar (cair) tem. Mas se fizer besteira também continua piorando (real desvalorizando)", concluiu.
Na visão do estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, o pano de fundo de curto prazo parece menos negativo, com sinais mais austeros em termos fiscais e uma aproximação do executivo e do legislativo.
"Nada deve acontecer antes das eleições municipais. Contudo, pelo menos, a direção do debate, por ora, parece ter mudado", acrescentou, vislumbrando um debate 'menos pior' do que o anterior.
Exterior
O dólar chegou a cair pela manhã, com preocupações sobre o tempo que falta para uma vacina contra a covid-19 estar disponível e em meio à diminuição das expectativas de que um novo pacote de estímulo fiscal seja alcançado nos Estados Unidos antes da eleição presidencial.
No entanto, passou a subir após o secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin, dizer que ele e a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, estavam "distantes" quanto a alguns detalhes de um pacote de alívio, e um acordo seria difícil de ser alcançado antes da eleição.
"No momento, o dólar está simplesmente indo e voltando com as notícias de estímulo e não está indo muito longe", disse Joseph Trevisani, analista sênior da FXStreet.com.
Mas, de acordo com o Bank of America, é provável que ocorra uma "segunda rodada" de força global do dólar nas próximas semanas, com base em um padrão observado por analistas do banco, que inclui, por exemplo, expectativas em torno da política monetária dos Estados Unidos, perspectivas de inflação, sazonalidade e venda excessiva da moeda nos últimos meses.
(Com Reuters)
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