Bolsa sobe 1,17%, a 124 mil pontos, maior patamar desde janeiro; dólar cai
Puxado pelas ações do Banco Inter (BIDI11), que subiram mais de 20% na sessão, o Ibovespa terminou o dia em alta de 1,17%, aos 124.031,62 pontos — maior patamar desde 8 de janeiro, quando alcançou sua máxima histórica (125.076,63 pontos).
O mês segue positivo para o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), que acumula valorização de 4,32% desde o primeiro pregão de maio, no dia 3. A alta mensal é ligeiramente maior que a (e, portanto, grande responsável pela) registrada em todo 2021, que hoje chegou a 4,21%.
Já o dólar encerrou a sessão em queda de 0,53%, cotado a R$ 5,325 na venda. Agora, a moeda americana soma perdas de 1,98% em maio, mas ainda acumula valorização de 2,62% frente ao real no ano.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Olho nos EUA
A semana começa cheia de expectativas pela divulgação dos dados de inflação e consumo nos Estados Unidos, com declarações de membros do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) no radar, segundo disse à Reuters a economista-chefe da plataforma de investimentos Consulenza, Helena Veronese.
Visto como um porto seguro, o dólar tem recuado nos últimos dois meses em relação às principais moedas, à medida que o otimismo cresce em relação às perspectivas econômicas globais. No entanto, temores sobre um superaquecimento da economia americana e o risco de uma inflação sustentada poderiam levar o Fed a apertar sua política monetária mais cedo do que o esperado.
A depreciação do dólar no mercado internacional "pode mudar a qualquer momento se houver o descolamento para cima das taxas de juros dos títulos americanos, alavancados pela inflação interna, o que levaria a moeda à apreciação", explicou em nota Sidnei Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora.
Política brasileira
Paralelamente, no cenário doméstico, investidores seguem acompanhando o clima político, que, segundo Nehme, pode piorar a percepção do risco-país, uma vez que o atual viés acentuadamente eleitoral das discussões "desfoca de forma relevante os fatores mais importantes demandados pelo país".
"As expectativas de que sejam alcançadas no tamanho adequado as reformas administrativa e tributária vão se tornando menores e devem impactar como fatores internos, fora a crise fiscal, na formação do preço [do dólar]", acrescentou o economista.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar das eleições de 2022, anunciando que a disputa já tem uma chapa definida com um "ladrão candidato a presidente e um vagabundo como vice", em possível referência aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que almoçaram juntos na sexta-feira (21).
(Com Reuters)
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