Bolsa fecha mês com maior queda desde março de 2020; dólar fica em R$ 5,235

O Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, caiu na sessão de hoje, encerrando o pregão com recuo de 1,08%, a 98.541,95 pontos. Este mês, o Ibovespa teve um desempenho negativo de 11,50%, o pior desde março de 2020, quando foi decretada a pandemia de covid-19 e o isolamento social.

O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,81% e ficou cotado a R$ 5,235.

A equipe da Guide Investimentos chamou a atenção para os discursos de presidentes de BCs na véspera, sobre as dificuldades em combater uma inflação mais persistente, passando mensagens mais duras sobre a condução da política monetária.

"Tais afirmações acentuaram as preocupações de investidores com relação a uma forte desaceleração da economia mundial, e até, possivelmente, uma recessão, o que voltou pesar sobre os mercados", observaram em nota a clientes.

A ação que mais subiu na Bolsa foi a do grupo Fleury (FLRY3), que disparou 16,10%. O destaque negativo ficou com a Via Varejo (VIIA3), holding que controla lojas como as Casas Bahia e o Ponto. Hoje, os papéis da empresa desceram 8,13%.

Dólar volta a subir após dia de queda

Ontem, o dólar teve uma queda de 1,39%, mas hoje, a moeda americana voltou a subir. Na variação semanal, o dólar caiu 0,34% e na mensal cresceu 10,15%. Na variação anual a moeda retraiu 6,12%.

O foco de investidores continuava sobre as perspectivas econômicas de países desenvolvidos, à medida que seus bancos centrais seguem apertando a política monetária de maneira agressiva.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

*Com Reuters