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Dólar cai e fica cotado a R$ 5,062 com otimismo sobre China e pós-eleição

Alguns investidores têm atribuído a queda do dólar à visão benigna de agentes estrangeiros sobre a agenda de Lula - Getty Images
Alguns investidores têm atribuído a queda do dólar à visão benigna de agentes estrangeiros sobre a agenda de Lula Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/11/2022 17h23Atualizada em 04/11/2022 17h29

O dólar comercial fechou em queda de 1,25%, cotado a R$ 5,062, na sessão desta sexta-feira (4) diante de expectativas de que a China relaxe medidas de combate à covid-19, enquanto a manutenção de ingressos de recursos estrangeiros no Brasil após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exercia pressão adicional sobre a moeda norte-americana.

Já o pregão do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou em alta de 1,08%, aos 118.155,46.

A China está trabalhando em um plano para encerrar um sistema que proibia a entrada de voos com passageiros infectados com o vírus da covid-19, informou a Bloomberg News nesta sexta-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

Na quarta-feira (2), autoridades chinesas já haviam prometido priorizar o crescimento e prosseguir com reformas, o que ajudou a impulsionar a esperança de que Pequim afrouxará algumas de suas rígidas medidas contra o novo coronavírus.

Enquanto isso, no Brasil, "o pós-eleição tem sido marcado por bom desempenho dos ativos, muito ajudados pelo fluxo dos estrangeiros", escreveu Dan Kawa, da Tag Investimentos.

Nos três pregões completos desde o resultado das eleições, o dólar acumula queda de 3,40% frente ao real, o que alguns investidores têm atribuído à visão benigna de agentes estrangeiros sobre a agenda de Lula, muito mais alinhada à governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês) do que a do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Também tem sido motivo de alívio a perspectiva de uma transição de poder relativamente tranquila, bem como o fim dos bloqueios de rodovias decorrentes de protestos de manifestantes bolsonaristas que defendem um golpe após o resultado da eleição presidencial.

*Com Reuters