Conteúdo publicado há 9 meses

Bolsa tem maior valor desde agosto de 2021 após IPCA, e dólar vai a R$ 4,75

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão aos 122.007,77 pontos, em valorização de 0,55%. Esse é o maior valor do índice desde 11 de agosto de 2021, quando chegou a 122.056,34 pontos. No ano, a Bolsa acumula alta de 11,18%.

O dólar comercial subiu 0,36% hoje e fechou cotado a R$ 4,75.

Cenário interno

Os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial, foram mais tímidos do que o esperado, mas ainda reforçam a expectativa de que a taxa básica dos juros, a Selic, caia na primeira semana de agosto.

O IPCA-15 registrou deflação de 0,07% em julho, divulgou hoje o IBGE. É a primeira deflação em 10 meses no índice, a última vez que a prévia da inflação registrou variação negativa foi em setembro de 2022, quando houve queda de 0,37%.

O dólar acumula queda de 10,04% frente ao real este ano. É a maior desvalorização desde 2016 para o período, quando o dólar teve baixa de 15,86%, segundo a plataforma TradeMap.

O nível atual dos juros, de 13,75%, é apontado como um apoio para o real ao torná-lo mais atraente para estratégias de "carry trade", que buscam lucrar com diferenciais de custos de empréstimo entre economias.

Ainda assim, "juntando a alta recente das commodities, o 'carry trade' ainda é extremamente atrativo e deve fazer com que o real teste níveis mais baixos, encarando uma tendência a curto prazo de queda" mesmo que o Banco Central comece a cortar a Selic, disse Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX.

Cenário externo

Hoje, começa a reunião de dois dias do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos. Amanhã, pode ser anunciada uma elevação nos juros.

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"Dados mistos ainda apontam uma elevação de 25 pontos-base nas taxas de juros por lá, seguida por uma pausa prolongada e expectativa de consenso de mercado de que uma nova flexibilização, um novo corte de juros, venha a ocorrer a partir de março de 2024", avaliou Riauba.

Se esse cenário de pausa no aperto monetário do Fed após julho se confirmar, a tendência é o dólar se enfraquecer globalmente, uma vez que investidores provavelmente realocariam recursos em mercados mais rentáveis que os dos Estados Unidos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

(Com Reuters)

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