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Dólar tem maior queda no ano desde 2016; vai cair mais?

O dólar acumula queda de 9,05% frente ao real este ano. É a maior desvalorização desde 2016 para o período, quando o dólar teve baixa de 15,86%, segundo a plataforma TradeMap. A plataforma levou em consideração a cotação até a última segunda-feira (24).

A moeda americana, que começou o ano valendo R$ 5,14, está abaixo dos R$ 5 desde o primeiro dia de junho. Hoje, a moeda está em leve alta de 0,33%, sendo cotada a R$ 4,749 por volta das 14h30. Confira a cotação em tempo real aqui.

O real é a 9ª moeda que mais se valorizou este ano. Foram analisadas 120 moedas de todo o mundo até 24 de julho, pela empresa Austin Ratings. A número um em valorização é o peso colombiano, com alta de 22% em relação ao dólar no mesmo intervalo. Veja como comprar dólar e quais as regras e taxas.

Disparou na pandemia. Nos últimos 14 anos, segundo a TradeMap, o ano de maior valorização do dólar (levando-se em conta o intervalo de 1º de janeiro até 24 de julho) foi 2020, quando a moeda teve alta acumulada de 29,37%. De 2010 até agora, o dólar apresentou oito anos de queda e seis anos de alta, sempre considerando o período até o dia 24 de julho de cada ano.

Confira as variações do dólar ano a ano, até 24 de julho:

  • 2010: +1,18%
  • 2011: -6,69%
  • 2012: +8,85%
  • 2013: +9,36%
  • 2014: -5,22%
  • 2015: +25,19%
  • 2016: +15,86%
  • 2017: -3,47%
  • 2018: +13,24%
  • 2019: -2,97%
  • 2020: +29,37%
  • 2021: -0,51%
  • 2022: -2,30%
  • 2023: - 9,05%

Fonte: TradeMap, de 1 de janeiro a 24 de julho de cada ano, considerando o dólar PTAX

Por que o dólar está caindo?

Mais dólares estão entrando no Brasil. Isso porque o ciclo da alta de juros nos Estado Unidos está chedando ao fim. O banco central de lá, o Federal Reserve, deve fazer apenas mais uma ajuste para cima de 0,25 pontos e parar de subir a taxa.

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Assim, os investidores procuram investimentos mais rentáveis. Isso traz mais dólares para o Brasil, já que a taxa aqui ainda está alta, mesmo com os prováveis cortes de juros, diz Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest.

Em relação a outros países emergentes, o Brasil vem atraindo mais dólares. Na Turquia, a reeleição de Recep Tayyip Erdogan afasta o investidor - assim como acontece na Rússia. A inflação assusta quem olha para a África do Sul e para a Argentina. Países como Índia e México estão caros - ao contrário do que acontece aqui.

No Brasil, as ações da Bolsa de Valores estão baratas. Isso também atrai investidores estrangeiros que esperam ganhar com a alta delas, diz William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue. Esses investidores só não aportaram mais dinheiro por aqui por causa das incertezas do início do governo Lula, diz ele.

A inflação controlada no Brasil também ajuda o dólar a cair. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — mostrou deflação de 0,07% para o mês de julho, segundo divulgou nesta terça-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como a inflação vem caindo, isso pressiona o Banco Central do Brasil a baixar os juros - o que faz a economia crescer. Isso valorizaria o real em relação ao dólar.

Os fatores políticos também estão contribuindo. O andamento das reformas, como a nova regra fiscal e a tributária, também ajudam o dólar a cair, já que trazem mais segurança para o investidor estrangeiro.

Vai continuar em queda?

O banco americano Goldman Sachs calcula que o valor justo para o real é em torno de R$ 4,30. "Estimamos que o dólar caia para R$ 4,60 em três meses, para R$ 4,40 em seis meses e fique em R$ 4,40 em 12 meses", publicou o GS, em documento para o mercado.

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Mas o dólar deve chegar a R$ 4,97 até o final do ano. É o que dizem especialistas consultados pelo boletim Focus, do Banco Central, nesta semana. A expectativa anterior era de R$ 5. Para 2024, a projeção foi mantida em R$5,05. Em 2025, a projeção foi reduzida de R$5,15 para R$5,12.

Com informações da matéria "Até onde vai? Por que não dá para esperar um dólar abaixo de R$ 4 tão cedo", de 27 de junho.

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