Bolsa tem 9ª queda seguida; dólar sobe a R$ 4,904

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou em queda pela nona vez consecutiva. O indicador caiu 0,24%, chegando aos 118.065,14 pontos. Essa é a maior sequência de perdas desde fevereiro de 1995, segundo dados da Refinitiv.

O dólar comercial encerrou a sessão desta sexta-feira (11) em alta de 0,45%, cotado a R$ 4,904.

Cenário interno:

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,12% em julho, após baixa de 0,08% no mês anterior. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado de 12 meses até julho, o IPCA teve alta de 3,99%, contra alta 3,16% do mês anterior.

O novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo Lula foi lançado hoje. O programa vai investir R$ 1,7 trilhão em projetos em todos os estados do Brasil na área da infraestrutura, saúde, meio ambiente, entre outros.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a nova versão do PAC inaugura nova fase de crescimento no país. Haddad também disse que é uma nova forma de empreender com desenvolvimento econômico e social aliados à preservação ambiental.

Programa é diferente de suas duas versões anteriores. Novo PAC conta com o estímulo por parte do governo para parcerias público-privadas (PPP), segundo o ministro Rui Costa, que encorajou empresários a apresentarem projetos para serem implementados no programa.

Balanços corporativos continuam impactando o mercado. Hoje Yduqs e Sabesp ficaram entre os destaques positivos, enquanto Locaweb e Rumo reagiram mal aos balanços.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou em palestra que o Brasil é um dos poucos países que está dentro das bandas de suas metas de inflação para os próximos anos. Segundo ele, o mercado vê queda mais forte de juros em países que anteciparam aperto, como Brasil.

Os países que fizeram um trabalho mais rápido e mais intenso são os países em que o mercado começa a enxergar uma queda de juros mais consistente, como o Brasil e o Chile.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

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Cenário externo

Nos EUA, o índice de preços ao produtor para a demanda final subiu 0,3% no mês passado, ante variação zero do mês anterior. Nos 12 meses até julho, os preços ao produtor aumentaram 0,8%, após alta de 0,2% em junho. O mercado internacional previa alta de 0,2% no mês e de 0,7% na comparação anual.

Dólar ganhou força ante uma cesta de moedas fortes no exterior repercutindo dados de inflação. A inflação ao produtor ligeiramente acima do esperado pelo mercado. Por trás do movimento, está a percepção de que, com a inflação ainda acelerada, o Federal Reserve pode ser levado a subir os juros nos EUA mais uma vez ainda este ano.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

(Com Reuters)

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