O dólar subiu 0,67% e fechou a quinta-feira (9) cotado a R$ 4,94 na venda. É o segundo dia de alta para a moeda americana, que na véspera já havia saltado 0,66%.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caiu 0,12% e chegou aos 119.034,14 pontos, depois de ficar praticamente estável (-0,08%) no último pregão.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.
O que aconteceu
Mercado segue atento a sinalizações sobre o futuro dos juros nos EUA. Na semana passada, dados de emprego mais fracos nos Estados Unidos haviam reforçado as apostas de cortes de juros pelo Fed (Federal Reserve) no primeiro semestre do ano que vem. Mas, desde então, o otimismo foi reduzido após declarações cautelosas de dirigentes do Banco Central americano.
Mais cedo, diretora do Fed reforçou alerta sobre a persistente alta dos preços. Michelle Bowman disse ainda que "uma nova alta nos juros será necessária" para baixar a inflação até a meta de 2%. "Na minha visão, há risco de que os preços elevados da energia revertam o progresso geral da desinflação nos EUA", disse ela em discurso preparado para o fórum da Associação de Banqueiros de Nova York.
Investidores também repercutem aprovação da reforma tributária. Ontem (8), 53 senadores votaram a favor do projeto que é uma das principais pautas do governo Lula (PT). Cinco tributos já existentes serão substituídos por dois: o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) vai reunir PIS, Cofins e IPI (federais), e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) vai contar com o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).
Especialistas veem reforma como positiva, embora longe do ideal. O economista-sênior da LCA e pesquisador associado do FGV Ibre, Bráulio Borges, avalia que os efeitos da reforma tributária são altamente favoráveis. "Mesmo excessivamente 'desidratada' ao longo da tramitação na Câmara e, mais recentemente, no Senado, representa um avanço enorme para o Brasil", escreveu.
Esta reforma dificilmente pode ser considerada a melhor reforma que poderíamos esperar. Ainda assim, vindo daquilo que é considerado um dos sistemas tributários mais onerosos do mundo, acreditamos que merece uma boa nota passável. (...) Os impactos positivos serão mais relevantes no longo prazo.
JPMorgan, em relatório enviado a clientes
(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.