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Ibovespa bate novo recorde e fecha acima dos 134 mil pontos; dólar sobe

O Ibovespa subiu 0,49% nesta quarta-feira (27), ultrapassando os 134 mil pontos — fechou com 134.193,72 pontos. É o maior patamar registrado na história do principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3). No acumulado de dezembro, a alta é de 5,39%.

Já o dólar comercial encerrou a sessão desta quarta com leve alta de 0,22%, cotado a R$ 4,833. Ontem (26), a moeda ficou em 4,822, o menor valor registrado desde agosto.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Bolsa bate sequência de recordes. Ontem (26), o Ibovespa atingiu o maior patamar até então registrado, aos 133.532,92 pontos. Na sexta-feira (22), o recorde nominal do principal índice da B3 foi de 132.752,93 pontos. Já na quinta-feira (21), o Ibovespa bateu o patamar de 132.182,01 pontos. Vale lembrar que a Bolsa estava fechada na segunda-feira (25), em razão do feriado de Natal.

Mercado brasileiro aguarda os anúncios de medidas na área econômica. As ações devem ser divulgadas amanhã. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que o governo vai lançar um programa de depreciação acelerada e uma alternativa à desoneração da folha de pagamentos das empresas. O envio das propostas ao Congresso ainda depende da aprovação final da Casa Civil e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Haddad não adiantou ontem quais ações estão sendo discutidas, mas disse que a Medida Provisória e os projetos de lei sanam a possibilidade de eventual judicialização envolvendo a desoneração da folha. "Não temos dificuldade e teremos tempo de negociar com o Congresso", disse.

Volta do imposto do diesel também entra no radar. O ministro também confirmou que a cobrança dos impostos federais do diesel voltará a partir do dia 1º de janeiro. Ele explicou que isso não significará um aumento no preço do combustível. A desoneração estava em vigor desde 2022, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Tesouro Nacional divulga dados do governo. Nesta quarta-feira (27), o Tesouro informou que o governo central registrou déficit primário de R$ 39,4 bilhões em novembro. O resultado do governo central, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado pior que o saldo negativo de R$ 35,5 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters. Já a dívida pública federal subiu 2,48% em novembro ante outubro, para R$ 6,325 trilhões.

A agenda do dia também trouxe alguns indicadores econômicos. Porém, os mesmos têm pouco potencial para influenciar de forma mais intensa os ativos, mesmo porque a semana entre Natal e Ano Novo é de liquidez reduzida. Boa parte dos participantes do mercado se posicionou para esperar a chegada de janeiro sem atropelos.

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Economista cita sensibilidade do mercado aos juros. Alexsandro Nishimura, sócio da Nomos, citou a perspectiva de que a Selic (taxa básica de juros) possa cair mais em 2024, "o que pode ter a ajuda do Fed (Federal Reserve), caso o banco central dos EUA realmente inicie seu processo de relaxamento monetário a partir de março".

China impulsiona o preço do minério de ferro. A ação do país asiático, em tese, favorece moedas de países exportadores da commodity, como o Brasil. Por outro lado, a alta das commodities não é generalizada como visto na terça-feira, com os preços do petróleo recuando no exterior.

(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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