Dólar sobe a R$ 4,866 com desoneração no radar; Bolsa também tem alta

O dólar subiu 0,18% e fechou o dia vendido a R$ 4,866, interrompendo uma sequência de três quedas seguidas. No mês, a moeda americana acumula valorização de 0,27% frente ao real.

O Ibovespa também teve alta, esta de 0,41%, e chegou aos 131.520,91 pontos. Em janeiro, porém, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) recuou 1,99%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Com feriado nos EUA, volume de negociações foi baixo. Não houve pregão nas Bolsas americanas devido ao Dia de Martin Luther King Jr. Por isso, os investidores se concentraram mais nas notícias vindas da China e na política local, em meio às negociações entre Congresso e governo sobre a medida provisória que restabelece o imposto sobre salários em 17 setores.

Banco Central chinês surpreende e mantém juros inalterados. A expectativa era de que China cortaria os custos dos empréstimos de forma a impulsionar a economia, mas a moeda (yuan) mais fraca limitou o afrouxamento monetário no curto prazo. Na esteira dessa notícia, os contratos futuros do minério de ferro, commodity à qual o real é sensível, caíram pela segunda sessão consecutiva.

Governo discute questão da desoneração com Congresso. A pressão de parlamentares levou o Ministério da Fazenda a negociar um acordo que preveja ao menos uma redução gradual do benefício fiscal, segundo fontes da Reuters. Está prevista para hoje uma reunião entre o ministro Fernando Haddad e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar sobre o assunto.

O Ibovespa sobe em dia de pouco volume [de negociações] - com o feriado nos EUA e a ausência do investidor estrangeiro no cenário doméstico -, mas impulsionada pelas altas de Petrobras e bancos. A Vale acompanha a queda do minério de ferro na China, o que também contribui para as baixas em Gerdau, CSN e Usiminas.
Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco

(*Com Reuters)

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