Dólar sobe a R$ 4,938 após sequência de 4 quedas; Bolsa fica estável

O dólar subiu 0,13% e fechou o dia vendido a R$ 4,938, interrompendo uma sequência de quatro quedas consecutivas. Em fevereiro, a moeda americana tem poucas movimentações frente ao real, acumulando leve alta de 0,02%.

Já o Ibovespa encerrou o pregão praticamente estável, com ganhos de 0,09%, aos 130.031,58 pontos. O principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) saltou 1,78% no mês.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Mercado repercute ata da última reunião do BC dos EUA. Segundo o documento, os dirigentes do Fed (Federal Reserve) acreditam não ser apropriado cortar a taxa básica de juros até que se tenha maior confiança de que a inflação vai voltar à meta de 2% ao ano. Os diretores acrescentaram, porém, que os juros provavelmente já chegaram ao pico neste ciclo de aperto monetário.

Apostas apontam para queda dos juros americanos em junho. Recentemente, após dados de inflação mais fortes do que o previsto, o mercado futuro de juros dos EUA passou a embutir cortes nos juros daqui quatro meses — mais tarde do que o inicialmente esperado. Na prática, isso significa rentabilidade atraente na maior economia do mundo por mais tempo, algo positivo para o dólar.

Balanços impulsionam ações, favorecendo o Ibovespa. Destaque para a fabricante de motores elétricos WEG, que divulgou ter registrado lucro líquido de R$ 1,74 bilhão no quarto trimestre de 2023, um crescimento de 46% sobre o resultado do ano anterior. As ações da companhia (WEGE3) fecharam o dia em alta de 6,77% — a maior do Ibovespa.

A gente tem um cenário de queda nos nossos juros, enquanto os EUA estão num patamar travado. Se a gente tiver ainda uma mudança do que o mercado estava acreditando [em relação ao afrouxamento monetário do Fed], provavelmente a gente vai ver um estresse muito forte nesse dólar.
Gabriel Mota, da Manchester Investimentos, à Reuters

(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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