Dólar cai pelo 2º dia, a R$ 5,007, antes de dados de inflação; Bolsa sobe

O dólar caiu 0,47% e fechou o dia vendido a R$ 5,007, na segunda sessão seguida de perdas. A moeda americana ainda acumula ganhos de 3,18% frente ao real no ano.

Já o Ibovespa emendou sua segunda alta consecutiva, esta de 0,8%, e chegou aos 129.890,37 pontos. Em 2024, porém, o principal índice da B3 recuou 3,2%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Nova alta do minério de ferro impulsionou o real e o Ibovespa. A moeda brasileira é muito sensível às oscilações desta commodity, considerada peça-chave na pauta de exportação nacional. O salto de 5,63% em Dalian foi sustentado pela crescente esperança crescentes de melhora na demanda da China, maior mercado consumidor do produto, nas próximas semanas.

Segue a expectativa por dados de inflação no Brasil e EUA. O IPCA brasileiro e o CPI americano, que saem na quarta (10), ajudarão o mercado a balizar suas expectativas para os juros, principalmente nos EUA. Hoje, as chances de um primeiro corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) em junho estão em 46%, de acordo com dados do CME Group.

Juros mais baixos nos EUA tendem a beneficiar o real. Isso acontece porque, com juros elevados, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa dos EUA, considerado muito seguro. Por outro lado, sinais de que o Fed vai começar a reduzir os juros em breve tendem a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.

O mercado está em compasso de espera pelos dados da inflação americana. É um número superimportante para entender se o conforto de Jerome Powell, presidente do Fed, vai continuar em relação às próximas decisões - quando devem cortar juros, quantas vezes vão cortar, qual o tamanho desse corte. (...) Com certeza todos os presidentes dos BCs estão de olho no dado de amanhã e no que Powell vai falar.
Pedro Marinho Coutinho, sócio da The Hill Capital, ao UOL

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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