Clubes de snacks vendem assinatura de lanche natural sem glúten e lactose
Na hora do lanche, bate uma fome, você quer se alimentar de forma saudável, mas não sabe o que comer? É nessa dúvida que algumas empresas, como a Best Berry e a Made in Natural, apostam para lucrar.
Concorrentes no mercado de snacks, as empresas são clubes de assinaturas que vendem pacotes de lanches individuais feitos de alimentos apresentados como mais saudáveis. O assinante recebe em casa, todo mês, depois de selecionar suas opções favoritas.
A Best Berry, criada em setembro de 2014, não informou investimento inicial, faturamento e lucro. A Made in Natural começou suas atividades em agosto do mesmo ano, com investimento inicial de R$ 80 mil. O faturamento mensal é de R$ 50 mil, e o lucro não foi divulgado.
Em 11 meses, faturamento mensal chegou a R$ 30 mil
Fundada pelo economista Fabio Aubin, 30, e pelo publicitário Caio Antun, 29, a Made in Natural oferece três opções de assinatura, com 5, 10 e 15 pacotes por mês, e preços que variam de R$ 59,90 a R$ 159,70. Os lanches incluem frutas desidratadas, mix de oleaginosas e barrinhas.
Para atrair mais assinantes, os sócios iniciaram 2015 com uma forte estratégia de marketing, que incluiu participação em eventos e parcerias. Segundo Antun, a iniciativa trouxe resultados e, em novembro, o faturamento mensal chegou a R$ 30 mil.
Captação de recursos profissionalizou a empresa
Para continuar crescendo, a dupla captou novos recursos e recebeu, em janeiro deste ano, R$ 170 mil em investimentos. Com fôlego financeiro, a Made in Natural passou por uma profissionalização e agora tem um espaço próprio, em São Paulo, e equipe de seis pessoas.
Com melhor estrutura e logística, o negócio teve crescimento de 67%, chegando a uma base de 500 assinantes e faturamento mensal de R$ 50 mil. O plano, segundo Antun, é dobrar esses números até dezembro deste ano.
Novo mix de produtos, para aproveitar tendência do mercado
O empresário Alberto Sasaki, 35, já atuava no mercado de alimentação saudável, vendendo barras de proteínas. Ao perceber o potencial dos clubes dos snacks, resolveu ampliar seu mix de produtos e reestruturar o negócio.
Ao lado do sócio Roberto Lifschitz, 38, ele gerencia a Best Berry e oferece lanches como castanha de caju com mel, crispies crocantes de aveia e chips de batata doce em planos de 10 e 18 snacks (de R$ 69,90 a R$ 99,90).
Novo investimento trouxe crescimento de 500%
Logo após abrir a empresa, Sasaki se dedicou a levantar fornecedores, testar novos produtos e criar um modelo sustentável e atraente para novos investidores. Ele afirma que vendia, em média, 800 kits por mês.
Em outubro de 2015, recebeu aporte de R$ 700 mil, causando uma transformação na estrutura da empresa. “Nos mudamos para um espaço de 400 metros quadrados em São Paulo, nosso time cresceu de cinco para 20 funcionários e aumentamos o portfólio de produtos”, afirma.
Segundo Sasaki, em três meses, a empresa passou a vender 4.800 kits, o que significou um aumento de 500%. A crescente demanda já leva a Best Berry a pensar em investir em novos pontos de venda, como mercados e lojas especializadas no Rio de Janeiro em São Paulo.
Concorrência acirrada
A analista de negócios do Sebrae Michelle Melo afirma que empresas como a Best Berry e a Made in Natural têm grande potencial de crescimento. “A busca por alimentos mais saudáveis é uma tendência de mercado que veio para ficar no Brasil”, afirma.
Segundo Melo, o maior cuidado desse tipo de negócio é com o planejamento e o relacionamento com os clientes, já que, apesar de ainda estar em formação, o mercado de clubes de snacks tem uma concorrência muito grande.
Onde encontrar
Made in Natural - http://www.madeinnatural.com.br
Best Berry - http://bestberry.com.br/
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.