Amigas faturam R$ 2,3 milhões vendendo só tiara, presilha e laço de cabelo
A falta de opções de acessórios para cabelos de meninas fez a administradora Clarice Rebouças, 38, trazer dos Estados Unidos, em 2008, uma mala cheia de laços para sua filha e para a da amiga arquiteta Clarissa Ornellas, 40.
Os produtos fizeram sucesso entre outras mães e inspiraram a criação da marca Menina de Laço, que faturou R$ 2,3 milhões em 2016. O lucro não foi divulgado.
Naquela época, não havia tantas opções de acessórios para cabelos, e nossas filhas passaram a ser chamadas pelas nossas amigas de meninas de laço, porque sempre estavam com um adorno”, diz Ornellas.
A empresa começou informalmente, em 2009, com a criação de um perfil no Facebook e a importação de alguns produtos de países como China, Indonésia e Tailândia. As vendas eram feitas por e-mail e não havia tanto controle.
O investimento inicial foi baixo, apesar de as sócias não saberem precisar quanto, pois a empresa foi crescendo e se estruturando aos poucos.
“Seria inviável importar dos Estados Unidos por causa do preço. Eu tinha uma prima que morava na Ásia e nos ajudou a encontrar bons fornecedores. Clarice já trabalhava com importação, o que também facilitou”, diz Ornellas.
Tem loja virtual e cinco lojas físicas
Em 2011, elas formalizaram a empresa e criaram uma loja virtual. Em 2013, as duas saíram dos empregos para se dedicar ao negócio e montaram uma loja em Mogi das Cruzes (57 km a leste de São Paulo). Em 2015, inauguraram a primeira unidade em shopping, um carrinho no Shopping Higienópolis, em São Paulo.
Atualmente, há lojas também nos shoppings Villa-Lobos, Park Shopping São Caetano e Iguatemi Campinas e, em julho, inauguram dois pontos de venda no Rio de Janeiro. Mas, segundo Ornellas, o principal canal de vendas é a loja virtual, que comercializa para o país inteiro.
São mais de 1.500 opções de laços, tiaras e presilhas para cabelo. Os produtos custam de R$ 8 (laço de fita) a R$ 130 (tiaras de acetato). São vendidos de 8.000 a 10 mil itens por mês. As sócias dizem que têm planos de lançar franquias quando a situação econômica do país melhorar.
Loja física torna marca conhecida
Criar uma loja virtual é uma forma de profissionalizar a empresa, pois permite que os clientes finalizem a compra sozinhos e facilita o controle de estoque, por exemplo, de acordo com Luis Pelizon, diretor comercial da Rakuten Digital Commerce.
Ter uma loja física, porém, também é importante, especialmente em negócios relacionados à moda, diz ele. “O brasileiro ainda tem medo de comprar pela internet, principalmente se a marca não é muito conhecida. O cliente gosta de ver o produto, tocar, experimentar.”
Por outro lado, loja em shopping tem investimento inicial e custo fixo alto. “Neste caso, em que o valor médio gasto por cliente não é tão alto devido ao preço dos produtos, é necessário ter fluxo de clientes alto para a conta fechar no fim do mês”, declara.
Onde encontrar:
Menina de Laço: www.meninadelaco.com.br
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