Finlândia estuda pagar renda mensal de 800 euros para todos os cidadãos
O governo finlandês está estudando implementar um programa de renda mínima de 800 euros (cerca de R$ 3.323) mensais, valor que seria pago a todos os cidadãos, independentemente de sua condição social e de terem trabalho ou estarem desempregados.
A renda mínima finlandesa já havia sido divulgada em outubro, mas sem um valor definido.
Em teoria, a renda mínima é uma quantia mensal paga a todos, que deve cobrir as necessidades básicas, de acordo com o jornal "Helsinki Times".
Assim, o governo de centro-direita, eleito em abril, espera que outras formas de benefícios sociais deixem de ser necessárias, como seguro-desemprego, bolsas estudantis, abonos, auxílio-moradia, pagamentos por invalidez ou aposentadorias.
Um dos berços do Estado de bem-estar social, a Finlândia tem um sistema de benefícios sociais complexo e caro.
A adoção da renda mínima aumentaria a eficiência do governo, até diminuindo gastos, porque atualmente milhares de servidores administram o sistema. Com a renda mínima, o número de funcionários cairia muito, de acordo com o "Helsinki Times", por exigir menos controles.
Utrecht vai testar renda mínima
A cidade de Utrecht, na Holanda, vai começar a testar a renda mínima em janeiro de 2016, de acordo com o jornal britânico "The Guardian".
Segundo o site "Dutch News", o experimento está focado em pessoas que já recebem algum tipo de benefício, divididas em três grupos. Um continua sob o sistema atual, com um adicional para moradia e seguro saúde. O segundo ganha benefícios em um sistema de incentivos e premiações. O terceiro recebe um valor fixo, sem extras.
Uma das perguntas que os experimentos esperam responder é: as pessoas deixariam de trabalhar, se recebessem a renda mínima?
No Brasil, a implantação da renda mínima é uma das bandeiras do ex-senador e secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT).
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