Salário médio cai 7,5% em um ano, para R$ 2.227,50; Salvador lidera queda
O salário médio do trabalhador brasileiro em janeiro foi de R$ 2.227,50, segundo levantamento feito nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Porto Alegre.
Descontando o efeito da inflação, o resultado representa uma queda de R$ 180,03 (-7,5%) em relação a fevereiro do ano passado (R$ 2.407,53). Na comparação com janeiro (R$ 2.262,51), a queda foi de R$ 35,01 (-1,5%).
Esses são números médios e podem variar.
Os dados são da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) e foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A mesma pesquisa também indicou que o desemprego no país foi de 8,2% em fevereiro, o maior para o mês desde 2009.
Salário médio em Salvador cai 12,5%
O salário médio dos brasileiros caiu nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE de fevereiro de 2015 para fevereiro de 2016.
A maior queda foi notada em Salvador, onde a renda média caiu para R$ 1.653,60 em fevereiro --R$ 236,45 a menos (-12,5%) que no ano anterior.
Veja quanto caiu a renda média de fevereiro de 2015 para fevereiro de 2016:
- Salvador: de R$ 1.890,05 para R$ 1.653,60 (R$ 236,45 a menos, ou -12,5%);
- Recife: de R$ 1.839,43 para R$ 1.647,80 (R$ 191,63 a menos, ou -10,4%).
- Rio de Janeiro: de R$ 2.662,80 para R$ 2.434,90 (R$ 227,9 a menos, ou -8,6%);
- Belo Horizonte: de R$ 2.223,65 para R$ 2.073,40 (R$ 150,25 a menos, ou -6,8%);
- São Paulo: de R$ 2.486,99 para R$ 2.324,10 (R$ 162,89 a menos, ou -6,6%);
- Porto Alegre: de R$ 2.406,81 para R$ 2.278,80 (R$ 128,01 a menos, ou -5,3%);
Construção tem maior queda
A queda nos salários em um ano foi sentida pelos trabalhadores de todos os setores da economia analisados pela pesquisa.
A maior perda percentual foi registrada pela construção: -12,8%. Em números absolutos, também foram os funcionários da construção que mais perderam dinheiro: R$ 289,50 a menos que em fevereiro de 2015.
Veja quanto caiu a renda média de fevereiro de 2015 para fevereiro de 2016:
- Construção: de R$ 2.256,10 para R$ 1.966,60 (R$ 289,50 a menos, ou -12,8%);
- Comércio: de R$ 1.956,33 para R$ 1.768,80 (R$ 187,53 a menos, ou -9,6%);
- Indústria: de R$ 2.451,35 para R$ 2.236,40 (R$ 214,95 a menos, ou -8,8%);
- Outros serviços: de 2.100,67 para R$ 1.943,60 (R$ 157,07 a menos, ou -7,5%);
- Educação, saúde e administração pública: de R$ 3.349,20 para R$ 3.131,10 (R$ 218,10 a menos, ou -6,5%);
- Serviços prestados às empresas: de R$ 2.858,28 para R$ 2.716,80 (R$ 141,48 a menos, ou -4,9%);
- Serviços domésticos: de R$ 1.061,04 para R$ 1.014,90 (R$ 46,14 a menos, ou -4,3%).
Empregados com carteira perderam R$ 141,12
A maior perda percentual em um ano foi registrada entre os funcionários com carteira assinada: -6,4%. Eles também foram os que mais saíram perdendo em números absolutos.
Veja quanto caiu a renda média de fevereiro de 2015 para fevereiro de 2016:
- Empregados com carteira assinada: de R$ 2.196,52 para R$ 2.055,40 (R$ 141,12 a menos, ou -6,4%);
- Empregados sem carteira assinada: de R$ 1.722,69 para R$ 1.631,90 (R$ 90,79 a menos, ou -5,3%);
- Trabalhadores por conta própria: de R$ 2.061,73 para R$ 1.985,30 (R$ 76,43 a menos, ou -3,7).
- Militares e funcionários públicos: de R$ 4.029,71 para R$ 3.889,80 (R$ 139,91 a menos, ou -3,5%);
Metodologia
O chamado "rendimento do trabalho" abrange a remuneração recebida no mês pelos empregados (salário mais gratificações, como 13º salário ou participação nos lucros); para empregadores ou autônomos, considera o rendimento menos as despesas com o negócio no mês; para quem recebe em produtos ou mercadorias, considera o valor de mercado dos produtos recebidos; e para quem está afastado pelo INSS, considera o valor do benefício.
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