País criou 221.392 empregos formais em 2017, após dois anos de cortes
Após dois anos seguidos de fechamento de postos de trabalho formais, o Brasil criou 221.392 vagas em 2017, segundo dados do Ministério do Trabalho divulgados nesta sexta-feira (28). O resultado inclui empregos com carteira assinada no setor privado e empregos no serviço público.
Em 2015, foram 1,5 milhão de vagas cortadas, o primeiro resultado negativo desde 1992. Em 2016, o país perdeu 2 milhões de vagas.
Os números fazem parte da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), um registro declarado anualmente por todas as empresas do país.
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A Rais existe desde 1976, mas o ministério afirma que o levantamento passou por mudanças metodológicas que só permitem uma comparação estatística adequada com os dados a partir de 1985.
Minas lidera criação de vagas
Houve criação de emprego formal em 21 estados, com destaque para Minas Gerais (+82,2 mil), Goiás (+69,5 mil) e Bahia (+52,4 mil).
Rio de Janeiro perde 114,8 mil empregos
Por outro lado, cinco estados e o Distrito Federal cortaram empregos formais: Rio de Janeiro (-114,8 mil), São Paulo (-65,8 mil), Rio Grande do Sul (-8.510), Alagoas (-3.509), Distrito Federal (-4.021) e Pernambuco (-874).
Outra pesquisa
O ministério também divulga regularmente dados de emprego do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A pesquisa Rais, porém, é mais ampla, porque leva em conta mais categorias de trabalho, inclusive servidores públicos. Já o Caged calcula apenas o número de trabalhadores regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
O Caged com o número total de vagas fechadas em 2017 foi divulgado em janeiro deste ano e mostrou que o Brasil perdeu 20.832 postos com carteira assinada no ano passado.
Na semana passada, o ministério divulgou dados do Caged de agosto deste ano, registrando abertura de 110,4 mil vagas, no melhor agosto desde 2013.
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