Veja 5 opções de investimentos que rendem mais do que a poupança
Aplicar dinheiro na poupança não tem sido um bom negócio para o investidor. Com rendimento abaixo da inflação neste ano, quem deixou dinheiro na caderneta recebeu menos do que investiu.
Já os investimentos ligados aos títulos públicos ou ao CDI, que buscam acompanhar a taxa Selic, a taxa de juros básica da economia que está em 14,25% ao ano, têm garantido retornos maiores ao investidor.
Veja, a seguir, alguns dos investimentos em renda fixa mais conhecidos e utilizados como alternativa à caderneta de poupança.
As dicas são do coordenador do laboratório de Finanças do Insper, Michael Viriato, e do educador financeiro Marcos Silvestre.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é a maneira de investir em títulos públicos emitidos pelo governo. Eles podem ser indexados à taxa Selic, à inflação ou ainda pagar uma taxa previamente acordada de juros (os chamados títulos prefixados).
Precisam da intermediação de uma corretora ou banco para fazer a aplicação.
É importante aplicar nos títulos que coincidam com a data que se deseja retirar a aplicação, porque aí o investidor terá certeza de que irá receber o valor que está contratando. Se vender o papel no meio do caminho, poderá perder dinheiro.
LCIs e LCAs
São títulos de crédito que têm como garantia financiamentos imobiliários ou financiamentos agrícolas.
Não há incidência de IR nem de taxa de administração e são garantidas pelo FGC (Fundo Garantidor de crédito) no valor de até R$ 250 mil.
A desvantagem é que normalmente têm prazo para que o dinheiro permaneça aplicado, sendo impossível fazer a retirada enquanto não vencer a data do resgate.
Segundo a Cetip, esse prazo pode variar de 90 dias a 3 anos.
CDB
Não paga taxa de administração, mas paga Imposto de Renda (IR). Há aplicações que pagam retornos crescentes à medida que o investidor deixa o dinheiro no banco.
Como o CDB é um empréstimo do investidor ao banco que emite o papel, quanto maior o banco, mais "seguro" o empréstimo. Por isso, os grandes bancos costumam oferecer uma remuneração menos atraente do que as instituições menores.
Como o CDB tem proteção do Fundo Garantidor de Créditos de até R$ 250 mil (em caso de quebra da instituição), a recomendação é manter o investimento dentro desse limite.
O limite deve abranger todas as aplicações feitas CPF naquele banco (tem de somar tudo: CDB, poupança, LCI).
Fundos de renda fixa
Para investir em fundos, a dica é olhar a taxa de administração. Essa taxa incide diretamente sobre o patrimônio.
O educador financeiro Marcos Silvestre explica que se você tiver R$ 100 mil num fundo e a taxa de administração for de 3% ao ano, isso significa que você irá pagar R$ 3.000 quando ela for cobrada.
“Uma taxa de administração alta pode corroer a rentabilidade de qualquer fundo”, diz.
Por isso, os especialistas afirmam que o investidor deve procurar fundos com taxa de administração inferior a 1%.
Os fundos têm incidência de IR, que vai de 22,5% para aplicações com menos de 6 meses a 15% para períodos acima de 2 anos.
Fundos não têm garantia do Fundo Garantidor de Créditos, mas suas contas são mantidas separadas das instituições. Há incidência de imposto come-cotas, que é um desconto semestral de IR.
Previdência privada
Esse investimento serve para o dinheiro cujo destino é a aposentadoria, pois tem a vantagem de adiar o desconto do Imposto de Renda apenas para o momento do resgate, explica Viriato.
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é mais indicado para quem faz a declaração pelo formulário completo do Imposto de Renda, pois permite o abatimento das contribuições na declaração.
No resgate, será tributado o montante do investimento (capital mais rendimento).
Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é recomendado para quem faz a declaração do IR pelo formulário simplificado. No resgate, a tributação irá incidir apenas sobre o rendimento.
Atenção para a taxa de administração e para outras possíveis taxas. A previdência tem a vantagem de não ter a incidência do come-cotas.
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