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Só guarda dinheiro quando sobra? 7 armadilhas que o impedem de ficar rico

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Thâmara Kaoru

Do UOL, em São Paulo

29/11/2017 04h00

Se você é daqueles que não faz um planejamento para seu salário, esquece de considerar os gastos do dia a dia e só guarda dinheiro quando sobra, pode estar preso a algumas armadilhas que o impedem de ficar rico.

O UOL conversou com Marcio Nami, economista e diretor da Ponto C Consultoria, e Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper, para listar quais alguns erros comuns que atrapalham quem quer guardar dinheiro. Confira.

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1) Poupar só quando sobra 

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Uma das armadilhas é deixar para poupar só quando sobra dinheiro no final do mês.

Se você ganha R$ 1.000, você deveria poupar, no mínimo, 10%. Se você ganha R$ 10.000, também deveria poupar ao menos 10%. Agora, se a pessoa disser que com o dinheiro que ganha não dá para poupar nada, então, algo está errado. Ela está gastando mais do que deveria.

Michael Viriato, do Insper

A dica é revisar os gastos e até discutir a situação com um planejador financeiro para adequar as despesas ao salário.

2. Não planejar o que fazer com o dinheiro

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Se o consumidor não sabe o que quer fazer com o dinheiro ou não estabelece um destino exato para os valores que juntou, pode acabar comprando algo de que não precisa. 

Se você não sabe o que quer atingir e não tem um destino exato para o seu dinheiro, alguém vai dar o destino para aquele recurso. Todo dinheiro tem que ter um planejamento. Quanto mais planejar, maior o seu controle.

Marcio Nami, economista

3) Comprar por impulso

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Nami afirma que é preciso segurar um pouco a ansiedade na hora de consumir. Uma dica do especialista é esperar alguns dias antes da compra.

Você passa no shopping, vê uma roupa bonita, experimenta, mas não compra. Volte dois dias depois. Se você ainda estiver apaixonado por aquela roupa, aí você compra. É preciso lembrar que se vou ter alguma coisa agora, terei que abrir mão de outra coisa depois.

Marcio Nami, economista

4) Ignorar 'pequenos' gastos do dia a dia

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Nami diz, ainda, que é preciso considerar as despesas de forma anual.

A pessoa gasta pequenos valores e pensa: 'só R$ 5 ou R$ 10 não vão afetar meu objetivo'. Mas se você gasta R$ 100 por mês com cafezinho, quando transformo isso em ano, o gasto se torna R$ 1.200.

Marcio Nami, economista

Viriato concorda. "Tem empresas que desconsideram os gastos mais simples, como uma ida à papelaria, uma compra de supermercado, a despesa com a cópia de um documento. Parece que não é nada, mas isso vai se acumulando e se torna um volume significativo. O mesmo acontece com o café, o lanche ou o almoço mais caro em alguns dias. Se colocar isso na planilha, é possível cortar despesas."

5) Desistir de aplicar o dinheiro

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"O mercado financeiro tem uma infinidade de produtos disponíveis. Quando a pessoa se depara com produtos mais complexos, fica mais ansiosa e, para acabar com isso, gasta o dinheiro. Acaba comprando uma viagem que não daria para fazer ou dá entrada em algum imóvel que não tinha capacidade de adquirir", diz Viriato. Ele afirma que, conforme os valores guardados aumentarem, é preciso analisar quais investimentos poderá fazer. 

Não é curto prazo. Investimento precisa de paciência. É igual plantar feijão no algodão. Quando o feijão começa a brotar é a mesma sensação de quando seu dinheiro começa a crescer um pouquinho. Mas, a partir daí, demora um tempo para crescer mais. Quando o pé de feijão chega a uns 10 centímetros, a pessoa cansa e decide jogá-lo fora. A falta de perseverança é a pior armadilha.

Michael Viriato, do Insper

6) Pagar por serviços que não usa

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Deixar para depois a ligação para reduzir o pacote de TV ou celular, não cancelar um serviço do banco que você não usa. Essas também são armadilhas para o bolso.

São R$ 50, R$ 100 por mês que, no final do ano, podem ultrapassar R$ 1.000 simplesmente por reduzir um pouco as despesas. Tem que sair da zona de conforto.

Michael Viriato, do Insper

7) Melhorar estilo de vida sem planejar

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Outro erro, afirma Viriato, é deixar de planejar uma mudança no estilo de vida. "O pai dá um carro para o filho e, depois de um tempo, ele arruma um estágio. Como melhorou o nível social, ele quer um carro melhor. Só que pode acontecer de o filho não se planejar para esse aumento de despesas. Ou você está morando em um imóvel que tem valor de condomínio mais elevado do que poderia pagar", diz.

Baixar o nível é muito difícil. Por isso, o ideal é planejar muito bem a elevação do padrão de vida.

Michael Viriato, do Insper

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