Como fazer o dinheiro render mais com os novos bancos sem fazer bagunça
Na última década surgiram diversos novos bancos, corretoras e financeiras no Brasil, como você pode ter percebido nas inúmeras propagandas que aparecem.
Mas como aproveitar o aumento da concorrência no mercado sem precisar ficar abrindo conta em mil instituições diferentes e manter as suas finanças organizadas? É o que eu ensino na coluna de hoje.
Use a concorrência a seu favor
Nos últimos dez anos, por incrível que pareça, a concentração do setor bancário no Brasil diminuiu.
Em 2012, os cinco maiores conglomerados financeiros do país (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander) concentravam, juntos, 67% dos ativos do setor financeiro, considerando as instituições com ativos superiores a R$ 1 bilhão.
No final de 2022, esses mesmos conglomerados tinham 63% desse mercado. Nesses dez anos, ganharam mercado diversas instituições que atendem pessoas físicas, como o Pagbank, XP, BTG Pactual, Nubank e Banco Inter, entre outras.
Diante do novo cenário, a questão é: como você, investidor pessoa física, pode se aproveitar do aumento da concorrência sem precisar abrir conta em vários bancos e corretoras diferentes, mantendo a clareza necessária para cuidar do seu patrimônio sem estresse?
Espalhar o dinheiro por diversas instituições diferentes, vamos combinar, não dá. Só de pensar na Declaração do Imposto de Renda já dá preguiça.
Busque os melhores investimentos sem sair da sua corretora
A boa notícia é que é possível aproveitar os benefícios da concorrência sem precisar ter conta em mais de uma corretora.
Para isso, basta abrir conta em uma corretora que oferte produtos investimento (como CDB, LCA e LCI) de diversos bancos.
Em geral, as corretoras independentes (aquelas que não fazem parte dos grandes conglomerados) oferecem tal facilidade.
Por exemplo, você pode investir em um CDB do banco C6 sem ter conta nele, pois o mesmo produto é oferecido pelas corretoras XP e Modal.
Talvez você pense: "Poxa, mas só XP e Modal? Então eu teria que ter conta em uma dessas corretoras para isso?"
A resposta é: "Sim e não". Sim, para ter exatamente aquele CDB, você precisaria ter conta em uma das corretoras que oferecem o produto. Mas, em outras corretoras, você encontrará produtos semelhantes, com rentabilidade igual ou até maior, sem necessidade de abrir conta em uma dessas duas citadas.
Apenas saiba que, às vezes, o mesmo ativo tem rentabilidades diferentes em diferentes corretoras ou bancos. Por exemplo, o CDB do banco C6 que citei, embora possa ser encontrado em diversas instituições, ele rende mais para quem tem conta no próprio C6.
Passo a passo
Para aproveitar ao máximo ao máximo a concorrência entre as instituições financeiras, a primeira coisa que você precisa fazer é explorar um site de comparação de investimentos de renda fixa, como o Yubb ou o Aplicativo Renda Fixa.
Nessas duas plataformas, você informa quanto pretende investir, qual o tipo de investimento e por quanto tempo. Por exemplo, acabo de fazer uma busca por CDB Prefixado, para um investimento de R$ 5.000 por 12 meses.
Apareceram para mim diversos CDBs com taxa em torno de 15,5% ao ano. Eles estão disponíveis nas corretoras Pagbank, Rico, XP, Sofisa, Genial, Nova Futura, Guide e outras.
Após fazer a pesquisa, seu segundo passo será levar essas informações para o seu banco ou corretora. Mostre ao atendente a melhor taxa que você encontrou no aplicativo e pergunte se ele tem algo semelhante.
Se você estiver em uma corretora independente, pode ser que ele consiga para você uma rentabilidade muito próxima, ou mesmo superior. Já se estiver com o seu banco, é possível que ele não possa lhe ajudar muito. Nesse caso, o seu terceiro passo seria abrir conta em uma corretora.
Fácil, não?
Basicamente, esses são os dois passos: pesquisar os investimentos e mostrar ao seu gerente ou assessor.
São tantos os novos bancos e financeiras que surgiram que atualmente todas as corretoras voltadas para pessoas físicas têm parcerias com bancos que conseguem oferecer taxas de rentabilidade atraentes para a pessoa física. Basta procurar e pechinchar.
Riscos
Esse tipo de oportunidade de investimento em geral está em CDBs, LCAs e LCIs de bancos médios. Esses ativos são mais arriscados do que os dos grandes conglomerados financeiros.
Por isso, é importante não deixar que o seu dinheiro aplicado neles ultrapasse o limite de R$ 250 mil por instituição.
Esse limite é o valor máximo que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) vai lhe pagar caso o banco emissor do papel quebre.
Se você tem R$ 400 mil investidos, por exemplo, o ideal é que R$ 200 mil estejam no CDB de um banco e os demais R$ 200 mil estejam no de outro. Se o valor total estiver em CDBs de um mesmo banco, se este quebrar, o FGC só lhe pagará R$ 250 mil. Os R$ 150 mil restantes ficarão na Justiça por anos e você provavelmente não verá mais.
Alguma dúvida?
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Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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