Alta do petróleo, crise hídrica e retomada econômica: o que isso pode afetar os seus investimentos? Com este cenário, o que esperar da Bolsa? O assunto foi abordado no programa Investimento Ao Vivo, do UOL Economia+, em parceria com a casa de análise Levante Ideias de Investimento.
Para o economista Rafael Bevilacqua e a especialista em investimento Julia Reis, o país está vivendo uma retomada econômica e tem uma projeção de crescimento "mais otimista" este ano.
Assista ao vídeo abaixo e confira toda a análise feita pelos economistas. Eles também responderam a perguntas sobre investimentos. O programa Investimento Ao Vivo é transmitido quinzenalmente na página inicial do UOL e do UOL Economia+, mas fica disponível para consulta. O vídeo é exclusivo para assinantes.
Crescimento econômico e inflação
O analista Rafael Bevilacqua disse que o crescimento econômico reflete diretamente no preço das ações. "O bolo está crescendo, e se a economia está crescendo, a receita de grande parte das empresas cresce também, impactando a cotação das ações", afirmou.
Para Júlia Reis, é importante acompanhar a inflação, que cresceu 8,03% nos últimos 12 meses. Para conter a alta dos preços, o Banco Central tem aumentado a taxa de juros (hoje, a Selic está em 4,25% ao ano). "Isso acaba ajudando a renda fixa. Os títulos começam a ficar mais atrativos", afirmou Rafael Bevilacqua.
Crise hídrica pode impactar o crescimento econômico
A crise hídrica no país impacta diretamente as empresas de geração e distribuição de energia. "Elas já têm contratada a quantidade de energia que vão fornecer e, caso não consigam cumprir o contrato por conta dessa crise hídrica, vão ter que comprar energia mais cara, como as térmicas", explicou Júlia Reis. O principal modal energético do Brasil é a hidrelétrica.
Para Bevilacqua, esse cenário pode afetar o crescimento econômico do país. "Se o país crescer 10%, há energia para isso? Não, não há energia. Se o país continuar nesse retomada econômica forte, mas a crise hídrica continuar, podemos entrar naquele espiral negativo", disse.
Os especialistas recomendam que o investidor "tome cuidado" com ações das empresas desse setor, devido à existência de risco. "Tirando as empresas de transmissão [de energia], ficar com um pezinho atrás em relação a esse setor que parece estável, mas tem grandes complicações", declarou Bevilacqua.
Ingerência política no preço do combustível
O principal ponto em relação à cotação do barril de petróleo é o impacto nos preços dos seus subprodutos, como gasolina e diesel.
"O petróleo deve continuar em alta até o final do ano, mas isso acaba sendo uma pedra no sapato do Planalto. Afinal, combustível mais caro não é popular. E combustível impacta também na inflação", explicou Bevilacqua.
Para ele, se o petróleo continuar subindo, pode haver ingerência política para não repassar o aumento para o combustível. "E isso de alguma forma azeda as ações da Petrobras", disse.
Os especialistas avaliam que, diante da retomada econômica e do avanço da vacinação no país, a Bolsa deve subir em julho. "Julho deve ser um mês de alta, mas muita acontece", disse.
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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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