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ANÁLISE

Guerra na Ucrânia puxa nova alta do petróleo, após queda na semana passada

5.abr.2022 - Cenário na cidade de Bucha, na Ucrânia, é de destruição após saída das forças russas - Reprodução/Facebook/MNS.GOV.UA
5.abr.2022 - Cenário na cidade de Bucha, na Ucrânia, é de destruição após saída das forças russas Imagem: Reprodução/Facebook/MNS.GOV.UA

Rafael Bevilacqua

05/04/2022 09h31

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O preço do barril de petróleo tipo Brent voltou a subir na sessão de ontem, após ter fechado em forte queda na última semana.

Nos últimos dias, a retomada das negociações entre Rússia e Ucrânia sinalizou um progresso em direção ao fim da guerra, trazendo alívio para os mercados e permitindo o recuo dos preços das commodities, em especial do petróleo.

Em meio às negociações entre representantes de ambos os países em Istambul, na Turquia, a Rússia anunciou, no dia 29 de março, a retirada das tropas dos arredores de Kiev, capital ucraniana. O movimento foi descrito como um sinal de boa vontade pelos russos, enquanto a Ucrânia alega que a retirada se deu em função das graves perdas sofridas pelo exército de Vladimir Putin na região.

Com o deslocamento das tropas para o leste do país, onde estão situadas as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, o exército ucraniano conseguiu recuperar o controle das áreas antes dominadas pelos russos.

Mas a descoberta de civis mortos com sinais de execução e os relatos de múltiplas violações dos direitos humanos nas regiões ocupadas esfriaram as negociações de paz, e reacenderam o debate acerca do endurecimento das sanções impostas pelo ocidente à Rússia.

É importante ter em mente que o setor de óleo e gás é a base da economia russa, que tem na Europa alguns de seus principais consumidores. Assim, a perspectiva de imposição de novas sanções ao petróleo e ao gás natural produzidos na Rússia faz com que os preços do petróleo subam no mercado internacional.

Além disso, as conversas para o restabelecimento do acordo nuclear assinado em 2015 pelas potências nucleares do planeta e pelo Irã —um dos principais produtores de petróleo do mundo— seguem suspensas, o que significa que as sanções ao petróleo iraniano seguem de pé.

Caso o acordo seja retomado e as sanções ao Irã sejam anuladas, a perspectiva é de um aumento significativo na oferta de petróleo no mercado global, o que seria suficiente para conter a alta dos preços da commodity mesmo em caso de redução da oferta por parte da Rússia.

Contudo, enquanto não há definição sobre o acordo, a guerra na Ucrânia segue sendo o principal catalisador para os preços do petróleo e seus derivados.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre as desistências de Adriano Pires e Rodolfo Landim das indicações para os cargos de CEO e presidente do Conselho da Petrobras.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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