Inflação desacelera de forma desigual pelo país, e preços seguem pesando
Esta é a versão online da edição de hoje da newsletter Por Dentro da Bolsa, que analisa a desaceleração da inflação em maio, divulgada nesta manhã. Para assinar este e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui. Os assinantes UOL ainda têm direito a mais duas newsletters exclusivas sobre investimentos.
A inflação ao consumidor medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou a 0,47% em maio, de 1,06% em abril, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As projeções do mercado indicavam alta de 0,6% no período.
Com esse resultado, o indicador acumula alta de 11,73% nos últimos 12 meses, e a média das projeções para a inflação neste ano está atualmente em 8,89% —significativamente acima do teto da meta, de 5%.
A desaceleração da inflação em maio foi puxada principalmente pelo recuo de 1,7% dos custos de habitação, além do tímido avanço de 0,04% dos preços do segmento de educação.
Por outro lado, o segmento de vestuário foi o principal destaque negativo do período, com alta de 2,11%, seguido da alta de 1,34% dos preços dos transportes. Os preços do segmento de saúde e cuidados pessoais avançaram 1,01% no mês.
Alimentos e bebidas, que são os produtos que mais pesam no bolso da população de menor renda, registraram aumento de preços de 0,48%, em linha com o índice geral.
Ao destrinchar o IPCA por segmentos, nota-se que os preços de diferentes produtos e serviços apresentam comportamentos distintos, fazendo com que cada grupo da população sinta o impacto da inflação de maneira diferente.
Além disso, existe um fator geográfico que precisa ser levado em consideração, uma vez que os preços se comportam de maneira diferente em cada região do país.
Em Vitória, o IPCA recuou 0,08% em maio, uma ligeira deflação. Já em Fortaleza, o índice avançou 1,41% —mais de três vezes a média nacional.
Analisando todos esses fatores, fica evidente que a desaceleração da inflação ainda se dá de forma bastante desigual, e a alta dos preços de setores essenciais segue pesando no bolso do trabalhador brasileiro.
Ao longo dos próximos meses, é preciso manter a atenção com a alta dos preços de produtos sensíveis ao cenário externo conturbado, como o petróleo e os alimentos, que podem fazer com que o IPCA volte a acelerar.
Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre a fase final do processo de privatização da Eletrobras.
Um abraço,
Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante
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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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