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ANÁLISE

BC dos EUA não baixa a guarda e mantém tom duro contra a inflação

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Imagem: Getty Images

Rafael Bevilacqua

18/08/2022 09h15

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Após a inflação ter ter ficado zerada em julho deste ano com relação ao mês anterior, o mercado esperava que o Federal Reserve (Fed), como é chamado o banco central dos Estados Unidos, adotaria um tom mais ameno com relação ao combate à inflação.

Os principais índices de ações das Bolsas de Valores dos EUA acumularam ganhos expressivos nos últimos dias, apostando que a desaceleração da alta dos preços seria sucedida pelo anúncio de uma redução do ritmo de alta dos juros.

Ledo engano. Após os erros cometidos durante a pandemia, o BC dos EUA parece ter aprendido uma importante lição: nunca se deve subestimar a inflação.

É importante destacar que a estabilidade do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA em julho se deve em grande parte ao recuo dos custos da energia, principalmente em virtude da queda do preço do petróleo no mercado internacional, que barateou os combustíveis.

Outras categorias de bens e serviços subiram de preço no período, e os membros do Fed estão cientes disso. Por mais que a inflação mais baixa seja um indicador positivo, não é hora de baixar a guarda.

Assim, na ata da última reunião de política monetária, os membros do Fed mantiveram o tom mais duro, e informaram que o ritmo de alta dos juros dependerá da evolução dos indicadores de inflação, emprego e atividade econômica.

Portanto, a inflação de julho exerce pouca influência na trajetória dos juros na maior economia do planeta. O Fed deve adotar uma postura cautelosa ao longo dos próximos meses, priorizando o combate à inflação, mesmo que às custas de um menor crescimento econômico.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que têm acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre a Itaúsa.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.