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Cielo (CIEL3) saiu da Bolsa. O que acontece com quem tinha as ações?

Após uma ampla adesão na Oferta Pública de Aquisição (OPA), a Cielo (CIEL3) deixou de integrar a Bolsa de valores. Mas o que acontece com quem tinha as ações da empresa?

Luiz Fernando Grubert, consultor na Suno Consultoria, explicou o processo durante a live das 19h no YouTube do Suno Notícias. Confira a seguir:

Assim como nós temos o IPO, que é a abertura de capital, temos a OPA, que é o fechamento de capital. Então, como o próprio nome já diz, a empresa está fechando o capital, ela vai deixar de ser listada em Bolsa.

Então, essas ações vão perder liquidez. A empresa faz uma proposta para os atuais acionistas para recomprar essas ações. Então, os acionistas votam isso em assembleia: o preço que vai ser aprovado, o prazo…e recebem essa proposta para terem as suas ações recompradas.

Aqueles que aceitarem receberão o valor equivalente, o valor acordado. Aqueles que, por algum motivo, não aceitarem, podem, até em alguns casos, permanecer com as ações em carteira, só que essas ações perdem liquidez. Elas perdem disponibilidade de informações também.

Então, esses relatórios trimestrais que as empresas divulgam, por exemplo, deixam de existir. Por isso que é muito importante o investidor estar atento a essas movimentações, ter alguém que faça isso para ele, assim como nós fazemos aqui na consultoria.

É importante a ajuda desse profissional para o investidor não perder esses prazos de votação, não perder o prazo para fazer essa sinalização para a corretora, para que ele possa, eventualmente, vender essas ações e conseguir dar saída no fechamento de capital.

Detalhes da OPA da Cielo (CIEL3)

A OPA da Cielo teve uma adesão de 81,7%, com 749.889.806 ações de um montante total de 902.247.285 papéis.

Os controladores da companhia, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), já respondem por mais de 66% da companhia, ao passo que a tesouraria tem pouco mais de 0,5%.

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Já em meados de fevereiro os controladores haviam anunciado o interesse de tirar a companhia da bolsa. À época, o preço proposto gerou polêmica junto ao mercado, já que investidores questionaram o preço de R$ 5,35 por ação CIEL3.

Em abril o preço foi elevado para R$ 5,60 e com correção do CDI até a conclusão da operação.

Os bancos controladores compraram as ações a R$ 5,82 cada, confirmando o preço à vista por ação de R$ 5,60 acordado com acionistas minoritários em abril, mais ajuste pelo CDI.

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Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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