O que esperar da trajetória da Selic? Confira análises pós-Copom
Nesta quarta-feira (18), o Copom optou pela elevação de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, que passou a 10,75% ao ano, em decisão já aguardada pelo mercado. Após o comunicado da reunião, diversas casas de análise compartilharam a sua visão sobre a condução da política monetária no Brasil.
Em resumo, os bancos destacam a necessidade do aperto monetário por conta das pressões inflacionárias e da resiliência da economia, além de projetarem novas altas na taxa Selic. Confira as análises a seguir.
Bank of America
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil destacou a necessidade de cautela diante de incertezas externas e ajustou suas expectativas de inflação, considerando-as acima da meta. O cenário doméstico indica um aumento da atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que requer uma política monetária mais restritiva. O Copom prevê um aumento de 50 pontos-base nas próximas reuniões, dependendo da evolução da inflação.
Goldman Sachs
A expectativa é que a Selic alcance 11,50% até dezembro de 2024 e 11,75% em janeiro de 2025, com cortes começando em junho de 2025. A previsão é sensível à variações no câmbio e às expectativas de inflação, podendo resultar em um ciclo de alta mais ou menos intenso, dependendo das condições fiscais e da política monetária global.
Itaú
O banco projeta um aumento de 50 pontos-base em breve, com a Selic terminando o ano em 11,75% e chegando a uma taxa terminal de 12,0%. A ata da reunião do Copom, a ser divulgada em 24 de setembro, deverá esclarecer a lógica das decisões.
UBS-BB
A casa espera inflação abaixo da média do mercado para 2024 e 2025, com cortes na Selic iniciando apenas em junho de 2025. O banco observa que a decisão do Copom de aumentar a taxa de juros, enquanto o FOMC inicia cortes, visa controlar expectativas inflacionárias.
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