Ações da Amazon despencam 14%, puxadas por inflação, guerra e maior custo
A gigante americana do comércio eletrônico, a Amazon (AMZO34), teve um prejuízo líquido de US$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que derrubou as ações da empresa nesta sexta-feira (30). Um ano antes, a companhia havia lucrado US$ 8,1 bilhões. É o primeiro prejuízo trimestral desde 2015.
Em Nova York, na Nasdaq, as ações (AMZN) estão sendo vendidas a US$ 2.485,63, com queda de 14,02%. Na Bolsa brasileira, os recibos de ações caíram 8,78%, para R$ 77,52.
A baixa é tanta que a imprensa internacional divulgou que o fundador da Amazon, Jeff Bezos, viu bilhões de sua fortuna evaporarem em poucas horas, ainda no pré-mercado na Bolsa de Nova York.
E o que fazer com as ações? Confira abaixo o comentário de analistas para assinantes:
Qual o cenário da empresa?
O faturamento divulgado da Amazon foi de US$ 110,8 bilhões, com crescimento de 15%, conforme as previsões da empresa, mas abaixo dos US$ 111,6 bilhões que os analistas esperavam.
"As pessoas voltaram a comprar presencialmente, no comércio físico", diz Alexandre Constantini, estrategista da Catarina Capital.
Andy Jassy, presidente da Amazon, disse que a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia trouxeram "desafios incomuns" para a empresa. Segundo Jassy, a companhia precisou lidar com custos trabalhistas mais altos depois de aumentar seu time durante a pandemia, e ainda sofre com a queda nas vendas causada pela inflação.
"Para compensar alguns desses custos, a Amazon começou a cobrar uma sobretaxa de 5% para alguns de seus vendedores nos Estados Unidos", diz Breno Bonani, analista-chefe da VGR Asset.
Além disso, no último trimestre, a Amazon aumentou o preço de sua assinatura US Prime pela primeira vez em quatro anos para US$ 139, de US$ 119.
Vale comprar?
"Vale a pena esperar um pouco, uma semana talvez, para ver o que vai acontecer antes", diz Bonani. Para ele, a Amazon é uma boa empresa, apesar desse resultado negativo. Constantini diz o mesmo. "A Amazon é uma empresa que a gente gosta, e ela ainda tem em caixa US$ 65 bilhões", afirma.
Investidores brasileiros podem aplicar em empresas cotadas em bolsas americanas a partir de compra de recibos de ações — na Bolsa de Valores de São Paulo. São os chamados Brazilian Depositary Receipts, conhecidos como BDRs. Também é possível comprar a ação americana mesmo, abrindo uma conta em uma corretora internacional, e assim adquirir diretamente o papel ação.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.