Bolsas chinesas fecham de maneira antecipada após queda de 7%
Xangai, 4 Jan 2016 (AFP) - As Bolsas chinesas de Xangai e Shenzhen encerraram as negociações nesta segunda-feira pela primeira vez de forma prematura, depois de uma queda expressiva de 7%, em consequência de um novo e controverso mecanismo para combater a volatilidade dos mercados.
A queda desta segunda-feira aconteceu depois da publicação de indicadores ruins da segunda maior economia mundial, em particular a contração da atividade manufatureira em dezembro, pelo quinto mês consecutivo.
A situação teve repercussões nas demais Bolsas asiáticas, que fecharam em queda, e nos mercados europeus, que abriram em claro retrocesso, mas também afetadas pela tensão entre Arábia Saudita e Irã.
Na China, a queda expressiva do índice CSI300, que aglutina as 300 principais empresas cotadas nas duas Bolsas, forçou a suspensão das cotações, na primeira vez em que foi aplicada a nova norma das autoridades de regulamentação.
Em um primeiro momento, as negociações foram suspensas por 15 minutos, mas a iniciativa não conseguiu evitar a queda.
O objetivo da suspensão era conter a alta volatilidade e evitar a repetição do 'crack' da Bolsa do ano passado.
No momento do encerramento antecipado da sessão, o índice de Xangai perdia 6,86% (242,52 pontos), a 3.296,66 unidades. Em Shenzhen, a queda era de 8,22%, a 2.119,16 pontos.
A norma que provocou a situação e que entrou em vigor nesta segunda-feira - primeiro dia de sessão na Bolsa em 2016 na China - prevê que se o índice CSI300, que inclui grandes bancos e empresas de petróleo estatais, registrar alta ou baixa de 7%, as negociações devem ser suspensas pelo restante da sessão. A meta é evitar o pânico, os chamados "riscos sistêmicos".
Mas alguns analistas consideram que o sistema pode ser contraproducente, agravando a volatilidade, ao invés de reduzir o problema.
"O mecanismo é apenas um instrumento e não ajudará o mercado a encontrar seu verdadeiro valor", disse à AFP Shen Zhengyang, da Northeast Securities.
A queda desta segunda-feira também foi provocada pelo fim, em breve, das medidas adotadas no ano passado pelas autoridades para conter o recuo dos mercados, segundo os analistas.
Em julho, o governo de Pequim anunciou a proibição temporária de venda aos acionistas com mais de 5% de uma empresa cotada na Bolsa para evitar quedas bruscas na Bolsa, como as registradas na China em meados de 2015.
A medida conseguiu conter a hemorragia e a Bolsa de Xangai encerrou o ano com alta de 9,4%, enquanto Shenzhen registrou um avanço anual de 63%.
Este sistema de suspensão dos mercados existe em outros países.
A Bolsa de Nova York adotou um sistema similar no fim dos anos 1980 - em caso de flutuação superior a 20% - que foi utilizado pela primeira vez em 1997, mas desde então foi aplicado em raras ocasiões.
azk-ehl/fp
A queda desta segunda-feira aconteceu depois da publicação de indicadores ruins da segunda maior economia mundial, em particular a contração da atividade manufatureira em dezembro, pelo quinto mês consecutivo.
A situação teve repercussões nas demais Bolsas asiáticas, que fecharam em queda, e nos mercados europeus, que abriram em claro retrocesso, mas também afetadas pela tensão entre Arábia Saudita e Irã.
Na China, a queda expressiva do índice CSI300, que aglutina as 300 principais empresas cotadas nas duas Bolsas, forçou a suspensão das cotações, na primeira vez em que foi aplicada a nova norma das autoridades de regulamentação.
Em um primeiro momento, as negociações foram suspensas por 15 minutos, mas a iniciativa não conseguiu evitar a queda.
O objetivo da suspensão era conter a alta volatilidade e evitar a repetição do 'crack' da Bolsa do ano passado.
No momento do encerramento antecipado da sessão, o índice de Xangai perdia 6,86% (242,52 pontos), a 3.296,66 unidades. Em Shenzhen, a queda era de 8,22%, a 2.119,16 pontos.
A norma que provocou a situação e que entrou em vigor nesta segunda-feira - primeiro dia de sessão na Bolsa em 2016 na China - prevê que se o índice CSI300, que inclui grandes bancos e empresas de petróleo estatais, registrar alta ou baixa de 7%, as negociações devem ser suspensas pelo restante da sessão. A meta é evitar o pânico, os chamados "riscos sistêmicos".
Mas alguns analistas consideram que o sistema pode ser contraproducente, agravando a volatilidade, ao invés de reduzir o problema.
"O mecanismo é apenas um instrumento e não ajudará o mercado a encontrar seu verdadeiro valor", disse à AFP Shen Zhengyang, da Northeast Securities.
A queda desta segunda-feira também foi provocada pelo fim, em breve, das medidas adotadas no ano passado pelas autoridades para conter o recuo dos mercados, segundo os analistas.
Em julho, o governo de Pequim anunciou a proibição temporária de venda aos acionistas com mais de 5% de uma empresa cotada na Bolsa para evitar quedas bruscas na Bolsa, como as registradas na China em meados de 2015.
A medida conseguiu conter a hemorragia e a Bolsa de Xangai encerrou o ano com alta de 9,4%, enquanto Shenzhen registrou um avanço anual de 63%.
Este sistema de suspensão dos mercados existe em outros países.
A Bolsa de Nova York adotou um sistema similar no fim dos anos 1980 - em caso de flutuação superior a 20% - que foi utilizado pela primeira vez em 1997, mas desde então foi aplicado em raras ocasiões.
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