Argentina: inflação foi de 30% em 2015 e pode chegar a 25% em 2016
Buenos Aires, 14 Jan 2016 (AFP) - A Argentina registrou uma inflação de 30% em 2015 - a segunda mais alta da América Latina, depois da Venezuela - e a expectativa é que fique entre 20% e 25% em 2016, declarou o ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, nesta quarta-feira.
"A herança começa em 30%. O compromisso é que feche 2016 entre 20% e 25%", prometeu o ministro, sobre a inflação.
A estimativa oficial de 30% de inflação no ano passado foi a primeira a ser divulgada depois da posse de Mauricio Macri, em 10 de dezembro, e de sua intervenção no Instituto de Estatísticas. O órgão era acusado da manipulação dos indicadores.
Ao apresentar um programa de metas em matéria econômica, o ministro apontou que, "para 2017, a inflação ficará entre 12% e 17% e, para concluir, 2019 terá inflação de um dígito, de 5%".
Depois de acusar o governo Cristina Kirchner (2007-2015) de deixar "um Estado vazio", com um alto déficit fiscal de 5,8%, o ministro disse que a Argentina "tem oito anos de inflação acima dos 20%".
"Nos últimos anos, o kirchnerismo desperdiçou recursos", disse o ministro sobre o déficit fiscal que herdou do governo da presidente Cristina Kirchner.
"Nos disseram que era um déficit primário de 2,3% do PIB (em 2015), mas, na verdade, foi de 5,8%", destacou Prat-Gay.
Segundo o ministro, "quase 6 pontos do PIB (de déficit) é o que jamais havíamos registrado em 30 anos e tivemos no ano em que a arrecadação bruta foi recorde em 200 anos de história".
"A magnitude do problema não é que se gasta muito, mas o desperdício e que se gasta mal", completou.
Prat-Gay acredita em que o déficit público poderá ser reduzido em um ponto em 2016.
"Gostaríamos de ser mais rápidos, mas queremos ser cuidadosos e atingir gradualmente o objetivo de reduzir o déficit. Estamos estudando fazer um orçamento plurianual com uma redução do déficit mais importante a partir de 2017", acrescentou.
Nesta quarta-feira, Prat-Gay também anunciou que a não solução do problema com os fundos especulativos elevou a dívida do país a mais de 9 bilhões de dólares, mas ratificou a vontade de solucionar o quanto antes a questão dos chamados fundos abutres.
Segundo o ministro, os juros "serão uma questão central da discussão", na qual a Argentina considera que "há uma negociação de bom senso para fazer".
Prat-Gay esclareceu que "esta negociação não vai durar nem 15 anos e nem 48 horas", referindo-se às conversas que começaram hoje em Nova York.
"É uma primeira reunião introdutória. Não esperem uma proposta concreta. Esperemos que os 'holdouts' tenham a responsabilidade de negociar de maneira justa e acertar".
A Argentina "vai negociar com firmeza" e espera que os chamados "fundos abutres" negociem de "forma razoável".
Em 2012, os credores conseguiram uma sentença do juiz federal de Nova York, Thomas Griesa, para cobrar o principal e o juros dos bônus da dívida em "default" desde 2001.
Segundo Prat-Gay, "de uma dívida inicial de US$ 2,943 bilhões, agora se deve US$ 9,882 bilhões.
"A herança começa em 30%. O compromisso é que feche 2016 entre 20% e 25%", prometeu o ministro, sobre a inflação.
A estimativa oficial de 30% de inflação no ano passado foi a primeira a ser divulgada depois da posse de Mauricio Macri, em 10 de dezembro, e de sua intervenção no Instituto de Estatísticas. O órgão era acusado da manipulação dos indicadores.
Ao apresentar um programa de metas em matéria econômica, o ministro apontou que, "para 2017, a inflação ficará entre 12% e 17% e, para concluir, 2019 terá inflação de um dígito, de 5%".
Depois de acusar o governo Cristina Kirchner (2007-2015) de deixar "um Estado vazio", com um alto déficit fiscal de 5,8%, o ministro disse que a Argentina "tem oito anos de inflação acima dos 20%".
"Nos últimos anos, o kirchnerismo desperdiçou recursos", disse o ministro sobre o déficit fiscal que herdou do governo da presidente Cristina Kirchner.
"Nos disseram que era um déficit primário de 2,3% do PIB (em 2015), mas, na verdade, foi de 5,8%", destacou Prat-Gay.
Segundo o ministro, "quase 6 pontos do PIB (de déficit) é o que jamais havíamos registrado em 30 anos e tivemos no ano em que a arrecadação bruta foi recorde em 200 anos de história".
"A magnitude do problema não é que se gasta muito, mas o desperdício e que se gasta mal", completou.
Prat-Gay acredita em que o déficit público poderá ser reduzido em um ponto em 2016.
"Gostaríamos de ser mais rápidos, mas queremos ser cuidadosos e atingir gradualmente o objetivo de reduzir o déficit. Estamos estudando fazer um orçamento plurianual com uma redução do déficit mais importante a partir de 2017", acrescentou.
Nesta quarta-feira, Prat-Gay também anunciou que a não solução do problema com os fundos especulativos elevou a dívida do país a mais de 9 bilhões de dólares, mas ratificou a vontade de solucionar o quanto antes a questão dos chamados fundos abutres.
Segundo o ministro, os juros "serão uma questão central da discussão", na qual a Argentina considera que "há uma negociação de bom senso para fazer".
Prat-Gay esclareceu que "esta negociação não vai durar nem 15 anos e nem 48 horas", referindo-se às conversas que começaram hoje em Nova York.
"É uma primeira reunião introdutória. Não esperem uma proposta concreta. Esperemos que os 'holdouts' tenham a responsabilidade de negociar de maneira justa e acertar".
A Argentina "vai negociar com firmeza" e espera que os chamados "fundos abutres" negociem de "forma razoável".
Em 2012, os credores conseguiram uma sentença do juiz federal de Nova York, Thomas Griesa, para cobrar o principal e o juros dos bônus da dívida em "default" desde 2001.
Segundo Prat-Gay, "de uma dívida inicial de US$ 2,943 bilhões, agora se deve US$ 9,882 bilhões.
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