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Além de economia, migração e terrorismo devem ser debatidos em Fórum Mundial

Fabrice Coffrini/AFP
Imagem: Fabrice Coffrini/AFP

19/01/2016 18h24Atualizada em 19/01/2016 19h46

Paris, 19 Jan 2016 (AFP) - A onda migratória sem precedentes na Europa, os atentados extremistas no mundo todo, a crise do preço do petróleo e seu impacto em regiões como a América Latina marcam o Fórum Econômico Mundial de Davos, que começa nesta quarta-feira.

"A geopolítica será um tema primordial e discutido sob todos os aspectos", afirma o fundador do Fórum, Klaus Schwab.

Vários dirigentes da União Europeia confirmaram presença: o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, o presidente alemão, Joachim Gauck, o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, e o chefe de governo grego, Alexis Tsipras.

O vice-presidente americano, Joe Biden, o secretário de Estado, John Kerry, e o de Defesa, Ashton Carter, também devem estar presentes, assim como o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Para discutir o outro grande tema, a ameaça extremista, comparecerão o primeiro-ministro iraquiano, Haidar Abadi, seu colega turco, Ahmet Davutoglu, o presidente afegão, Mohamed Ashraf Ghani, e o nigeriano, Muhammadu Buhari.

Davos é um lugar ideal para concluir ou dar prosseguimento a negociações. Kerry já agendou um encontro bilateral com o colega russo, Serguei Lavrov, em Zurique.

No Fórum também estarão o chanceler saudita e o iraniano, em um momento de grande tensão diplomática.

Pela América Latina, a Argentina de Macri volta ao fórum depois de mais de dez anos. O Brasil será representado pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Os países terão a oportunidade de demonstrar que querem fazer suas reformas avançar, em meio a uma crescente estagnação econômica da região.

"A ideia é transmitir tranquilidade. Tentar enfrentar a crise sem esquecer o lado fiscal, vigiando os gastos, mas também de olho no resto da economia produtiva. Porque um país com as dificuldades enfrentadas pelo Brasil precisam ter um plano de estabilização da economia", explicou em Brasília um dos assessores de Barbosa.

México, Colômbia, Chile e Peru também comparecerão, na busca de investidores.

Quarta revolução industrial

A economia mundial é evidentemente outro dos temas imprescindíveis em Davos. Haverá discussões entre presidentes de bancos centrais, chefes das grandes firmas industriais e tecnológicas, dirigentes de 'start-ups' e grandes instituições, como o Fundo Monetário Internacional.

O tema deste ano é a "Quarta revolução industrial", provocada pela combinação de diversas evoluções recentes, como os progressos da robotização, a internet das coisas e os novos materiais.

A queda dos preços do petróleo e o futuro dos combustíveis fósseis, após o histórico acordo ambiental de Paris (COP21), promete declarações e debates.

Entre as estrelas, além dos habituais Bono e William Adams, está prevista a participação do ator Leonardo Di Caprio, militante ambientalista.